sexta-feira, julho 28

Palavras


Neste amontoado de folhas,
Observo os caminhos que esta tinta azul percorre,
Onde palavras rasgadas, riscadas,
Exprimem os beijos, os momentos,
Os sacrifícios, os desejos,
As ilusões, as contradições,
Os sorrisos, as carícias,
As canções, as motivações…
A justificação de existir por aqui…

Ao som de Depeche Mode - Violator

quinta-feira, julho 27

Dois

Suponhamos que falo de dois. Sim! O Dois, o número, o binómio, o par, o duo, dois é igual a um mais um, a acção e a reacção, a causa e o efeito.
O universo inteiro move-se em torno das variáveis binomiais. O ser humano também. Duas almas, dois seres que se amam debaixo do amparo da luz da lua, procurando um no outro o que necessitam para estarem completos.
Necessitamos de ser algo mais que nós próprios e rendermo-nos ante a evidência de que um ser sem o outro não é nada. É bonito pensar que podes encontrar numa pessoa tantas coisas iguais e por vezes tantas que te faltam, que cobrem os teus defeitos e encobrem as tuas virtudes. Vivemos sonhando, desejando, que existe uma pessoa para cada um, que existe uma alma tão parecida e por vezes tão distinta que parece uma parte mais de ti, uma extensão que transcende o material e faz que duas pessoas se liguem mais além do que o aspecto físico.
“ Foi um processo longo e difícil, como sempre o são as aproximações entre duas pessoas habituadas a estarem sozinhas.
Primeiro parece fácil, é o coração que arrasta a cabeça, a vontade de ser feliz que cala as duvidas e os medos. Mas depois é a cabeça que trava o coração, as pequenas coisas que parecem derrotar as grandes, um sufoco inexplicável que parece instalar-se onde dantes estava a intimidade.
É preciso saber passar tudo isso e conseguir chegar mais além, onde a cumplicidade de tudo, o mais difícil de atingir – os torna verdadeiramente amantes.
Mas eles conseguiram-no, por vezes pisando os destroços do que parecia definitivamente perdido, mas seguindo em frente, quase com o desespero dos náufragos. Estão juntos há oito anos, para a vida, dizem eles, e eu acredito. Há oito anos que ela descansa o seu cansaço no ombro dele, que ele alisa o seu pescoço comprido, lhe apaga as olheiras e adormece com uns olhos azuis e ternos vigiando o seu sono”
Miguel Sousa Tavares – “A passagem” in “não te deixarei morrer, David Crockett

terça-feira, julho 25

Bauhaus

Os Bauhaus foram fundados em 1978 em Northampton, Inglaterra. A banda retirou o seu nome de um movimento de arte alemão que têm por designação Bauhaus. Compostos pelo guitarrista Daniel Ash, o baixista e o David J, baterista Kevin Haskins que actuaram como trio até formarem quarteto com o vocalista Peter Murphy. A voz de Peter Murphy é uma presença forte e contribuiu para o culto da banda.
Apoiados no descontentamento social pós-punk, reuniram características deste movimento musical criando uma nova sonoridade, mais consentânea com o período nuclear (guerra fria e cortina de ferro) e de crise económica que apelava à ausência de cores tal era a desconfiança no futuro! A despreocupação estética do punk deu lugar a uma nova valorização de estilos e conceitos neo-românticos e depressivos como fuga à ausência de reais conquistas sociais. Considerados amplamente com os fundadores do rock-gótico, criaram um estilo minimalista, experimental, apoiado em guitarra reverberada e acordes frios e distantes de teclado, alem de atmosferas orquestrais, bem como sons puramente alucinados.
Provavelmente se os Bauhaus não tivessem existido, muitas bandas como os Nine Inch Nails, Jane´s Adiction, Franz Fernidand, Interpol…não teriam a sonoridade que os caracteriza…estas foram as palavras de Trent Treznor, líder dos Nine Inch Nails.
A banda está invariavelmente ligada ao rock Pós-punk e à cultura Gótica, mas as referências musicais e estéticas do grupo sempre foram muito abrangentes e portanto difíceis de enquadrar em apenas uma categoria ou género. Embora a própria banda sempre recusasse o rótulo de “banda gótica”, mas como diz o ditado popular “quem anda à chuva molha-se”, e este foi um dos casos em que podemos aplicar aos Bauhaus, a quando da sua participação nos minutos iniciais num filme “The Hunger” em que interpretam a musica “Bela Lugosi´s Dead” onde tema principal é o vampirismo. Em que o próprio Peter Murphy surge enquadrado numa cena de puro "sacrifício humano".

Em Julho de 1983 a banda terminou, tendo os seus elementos continuado carreira musical com diversos projectos. Onde se destaca Peter Murphy, que editou até ao preciso momento oito álbuns de originais (86-04), onde podemos destacar o álbum “Deep” de 90, onde está inserida uma das músicas mais belas de todos os tempos “Cuts You Up”.Em 1998 porém, a banda reuniu-se para uma tournée correctamente chamada de "Ressurection Tour" permitindo a muitos fãs um breve mas memorável reenconto. Em 2006 banda iniciou outra digressão onde actuou nos Estados Unidos e durante o mês de Agosto continuará a tocar na Europa, onde no dia 17 de Agosto estão confirmados no Festival Paredes de Coura. Com a recente edição do DVD “Shadow of Light”, é fácil relembrar o porquê da importância de aproveitar mais uma oportunidade de ouro para ver ao vivo Peter Murphy, Daniel Ash, David J e Kevin Haskins!

Eu vou…


Private Universe


Estas são as almas que vagueiam no universo…
Estas são as palavras que encerram o doce verso,
Estas são as feridas que abriram inesperadamente,
Estas são as gotas de sangue que caem de modo inverso,
Estas são as raízes das árvores que dominam a terra,
Estes, os terrenos que o mar raspa e desgasta,
Estes os poderes que encerram a minha alma,
Este é um final de viagem, em que tudo se desprende,
Este o doce acenar de um adeus pela manhã,
Este o vento rebelde, que sempre grita…basta,
E arrasta com tudo o que falta para este lugar,
Tudo destrói, tudo morre a seu passo,
Como era de esperar…

domingo, julho 23

ANKH


Deixei-me morrer e ressuscitaste-me…
Deixei-me cair…abriste as asas e alcançaste-me…
Afastei-me de ti, mas junto a mim ficaste…
Encerraste-me em ti e não consigo escapar…
Tentei correr mas não quis fugir…
Deixaste de ser mortal para te converteres,
No meu mais obscuro segredo…
Deixaste de caminhar sobre a Terra para voar,
A meu lado e no interior dos meus sonhos…
Vejo o teu rosto a reflectir-se no meu espelho…
Escuto a tua voz a quebrar o silêncio…
Segura-me antes que caía outra vez…
Desperta-me antes que amanheça outra vez…
Pensa que somos algo mais do que o medo…
Capazes de sentir mais além do que a pele…
Que tocamos o céu quando estamos a menos de um dedo.

sexta-feira, julho 21

Recordações de um Pôr do Sol

Estou sentado no sofá de casa vendo a televisão. De facto não me interessa em demasia o que estou a assistir nesta caixa tonta. Entretanto decido silenciar os sons que provêem de um programa que ao longe vai deixando imagens de uma reportagem sobre umas tartarugas numa praia. E a estas horas da madrugada, fico embriagado pela beleza selvagem da natureza em estado puro.

Deixo que as recordações cheguem á minha mente, e de pronto coloquei-me a recordar um episodio que relaciono com o que vêem os meus olhos na reportagem que segue emitindo. O sol põe-se e cai a noite na praia.

Aquele dia decidi mostrar-te um por do sol desde um lugar desconhecido, embora para mim habitual, nos meus passeios solitários.
Saímos do automóvel, e falaste do especial que seria ver o por do sol desde ali comigo, o romântico que era o lugar e as coisas que tu pensavas em silencio quando o astro rei desaparecia no horizonte.
Chegados ao local pretendido, sentamo-nos na areia, muito juntos esperando ver o momento mágico do por do sol.
Abraçaste-me, senti os teus braços nos meus ombros e ao mesmo tempo comentavas todos os pormenores do que a nossa vida alcançava, pormenores que a mim me tinham passado despercebidos, mas com destreza e muito detalhe, descreveste para minha compreensão. Tu estavas familiarizada com todos eles e foi-te fácil encandear-me com as tuas explicações, tua voz, tua sensibilidade.

Ficaste em silêncio num momento oportuno, em três minutos o sol desapareceu, e a uns quilómetros de distância a escuridão começa a apoderar-se de tudo. A solidão e um silêncio impressionante reinaram sobre os nossos corpos. Tu caíste e obrigaste-me com o teu braço a fazê-lo também e junto a ti, deitados na areia, olhávamos o céu todavia azul, mas escurecendo lentamente.

Notei o toque da tua mão no meu peito, entretanto iniciei o desabotoar da tua blusa. Incorporei-me ligeiramente e sem sair da tua blusa, beijei-te delicadamente no teu peito, buscando esse tal lugar…

Chegaste á minha boca onde acariciaste a minha língua com a tua, com essas voltas rítmicas, pausadas e decididamente energéticas que me cortaram a respiração.

Entretanto voltámos ao mundo real, notei que abotoavas de novo a blusa e sussurraste-me ao ouvido…
Nunca te esquecerei
Obrigado Shadow ;) por mais uma vez um post teu servir de inspiração...

quinta-feira, julho 20

Querendo ser Poesia

A ti leitora que me segues,
Que desde a distancia,
Na sombra me persegues,
Esperando o seguinte relato,
Que examinas,
Lendo atenta entre minhas letras,
Entre virgulas, pontos e admirações,
Analisando cada palavra, cada sílaba,
Tentando adivinhar as minhas sombras, meus pensamentos ,
E eu desde o meu teclado…livre…deixo-me levar,
Rompendo o branco de um ecrã latente,
Que com um grito indiferente,
Diz, escreve!

Assim sem dar-me conta, acaricio o teclado,
Deixando fluir os meus dedos,
Palavras que se adivinham bonitas,
Que em conjunto,
Capturam-te sem pensar.
Assim, minhas mãos perseguem,
Alguém que leia e sinta,
O reflexo de algum sentimento,
Que desde o meu coração,
E através das minhas mãos,
Deixem escrito neste texto,
Algo…que quer ser poesia…

Castelo de Areia


Se conseguirem ler as primeiras palavras o cérebro decifrará automaticamente as outras...

3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0.
0 R3570 3 F3170 D3 4R314

quarta-feira, julho 19

I want to hear your night music


Para mim é difícil explicar a sensação que a música produz e a relação que tenho com ela. Dizem que se trata de algo inato, em que os nossos mais primitivos antepassados utilizavam qualquer material, umas simples pedras, para fazerem um ruído e dançar ao som da música, além de imaginarem todas as verdades.
Consciente ou inconsciente vamos acumulando canções ou inclusos sons da nossa banda sonora particular do dia a dia, associando distintos momentos e sensações da nossa história.
Para mim a música é justamente isso, uma forma de canalizar todas as sensações e experiências através de sons, e que ademais estas são compartidas.
Espero portanto poder ouvir a tua música

When I hear the lone night music every nightmare crumbles and they disappear.
When I hear the lone night music it’s a lonely planet, it’s a burning star.
When I hear the lone night music I want to swim the widest ocean and diving in so deep.
When I hear the lone night music I just can’t sleep.
Sing to me…oh night music.

Le Grand Bleu

Existe um local no nosso planeta, mais estranho do que qualquer outro. Menos conhecido e mais misterioso. É uma junção não muito diferente do espaço sideral, onde as noções de espaço, tempo e distância se evaporam. É um local mágico e perigoso, onde o corpo humano, assim como a mente humana, se têm de adaptar. É o Mar.

Um dos grandes realizadores dos nossos tempo, Luc Besson e um dos melhores compositores de música para filmes Eric Serra, conseguiram fazer deste filme algo de extraordinário. Quando estamos assistir ao “Le Grand Blue”, temos a sensação de que queremos nadar lado a lado com os golfinhos. Também não podemos esquecer que ao ver este filme ficamos com uma impressão de frescura pelo corpo, que bem necessitamos com este calor que faz lá fora.
Este filme de culto é famoso pela sua fantástica fotografia, quer em terra ou debaixo de água, alem de criar um ambiente de sonho. Onde a musica tem um papel fundamental…mergulhem e vejam!
A maneira mais simples de escrever a sinopse deste filme, é dizer que se trata da luta de dois mergulhadores. Ambos tentando bater o recorde mundial de profundidade, e enquanto guerreiam entre si, vão testar os seus limites ao mais profundo mar, colocando em perigo as suas vidas.
Mas a historia está longe de ser tão simples como parece. O filme conta a história de Jacques Mayol (Jean- Marc Barr) e o seu amor pelo mar. Ele pretende viver junto ou até mesmo no mar. Embora o seu pai tenha falecido num acidente de mergulho quando Jacques era criança, nada o demove da sua paixão pelo mar.
Jacques e o seu amigo Enzo Mollinari (Jean Reno), conhecem-se desde crianças, visto terem partilhado a juventude numa ilha Grega.
Enzo é o actual campeão do mundo, mas Jacques é tão bom ou até melhor que Enzo. Mas enquanto competem, a simples vida de Jacques, complica-se quando ele conhece Johanna (Rosanna Arquette). Ambos se apaixonam e os problemas iniciam.
Jacques não sabe ao certo como lidar com esta situação, ele continua a querer estar a maior parte do tempo a mergulhar e a divertir-se com os golfinhos. Ele pensa que a vida é melhor cá em “baixo”.
Mas sem querer contar o final do filme, a questão é se Jacques vai querer ficar para sempre no fundo do mar, ou se o seu amor por Johanna é suficiente para o trazer à superfície.




Do you know what you're supposed to do, to meet a mermaid?

You go down to the bottom of the sea, where the water isn't even blue anymore, where the sky is only a memory, and you float there, in the silence.
And you stay there, and you decide, that you'll die for them.
Only then do they start coming out.
They come, and they greet you, and they judge the love you have for them.
If it's sincere, if it's pure, they'll be with you, and take you away forever.

terça-feira, julho 18

Um devotee in suffering...


O concerto da banda britânica Depeche Mode, agendado para dia 28 de Julho no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, foi cancelado dada a "fraca adesão do público", anunciou hoje a promotora.
"O motivo para o cancelamento prende-se com a fraca adesão do público ao mesmo. Em tempo oportuno, será feito o reembolso da quantia do bilhete", lê-se na nota da One Portugal, a promotora do evento, difundida pelo gabinete de comunicação Influenza.
A banda britânica actuara já a 8 de Fevereiro passado, em Lisboa, num Pavilhão Atlântico completamente esgotado.
"Playing the Angel", o álbum de originais que no ano passado marcou os 25 anos da banda, é o motivo da digressão que os trazia pela segunda vez este ano à capital portuguesa.
Os Depeche Mode já actuaram três vezes em Portugal, nos estádios José de Alvalade e das Antas, em Julho de 1993, que coincidiu com um dos períodos mais populares da história do grupo, após a edição de "Songs of Faith And Devotion" e em Fevereiro último.
Os bilhetes para Lisboa estavam à venda entre os 38 e os 90 euros.
Para os que tinham adquirido ingressos "será feito o reembolso", devendo nesse sentido contactar a One Portugal, esclarece a mesma nota.

in Jornal De Noticias site

Mais noticias que obrigatoriamente devem de ser lidas...

Quero que sejas tu...


Quero que sejas tu,
A mulher que sempre sonhei.
Quero que sejas tu,
A mulher que sempre procurei,
Aquela que nunca encontrei.
Quero que sejas tu,
A mulher que traga a realidade,
De tudo o que imaginei,
Que descubra dentro de mim,
Tudo o que guardei.
Quero que sejas tu,
A mulher que com seus beijos,
Desperte em mim a paixão,
E ateie o fogo sagrado.
Quero que sejas tu,
A mulher que com as suas carícias,
Me eleve ao céu,
Como se fosse um ser alado.
Quero que sejas tu,
A mulher que comparta comigo,
Tudo o que até hoje aprendi.
Quero que sejas tu,
A mulher que se entregue totalmente,
E ceda perante as carícias,
Do seu ser amado.
Quero que sejas tu,
A mulher que saiba entender,
Que pode pretender,
Algo mais do que o esperado.
Quero que sejas tu,
A mulher que em definitivo,
Preencha de paixão e alegria,
O corpo que existe em minha vida.

segunda-feira, julho 17

Homenagem...Crazy Diamond


Embora tivesse falecido há mais de uma semana (no dia 7 de Julho), não podia deixar de fazer esta homenagem a um dos mais importantes nomes da música de todos os tempos.
Syd Barret foi um dos fundadores dos geniais Pink Floyd e teve, na verdade, uma breve vida musical. Gravou três singles e um álbum (The Piper At The Gates Of the Dawn ) com os Pink Floyd. Oito dos temas de The Piper At The Gates Of the Dawn são seus, e da sua obra e ideias nasceram inúmeras histórias de fascínio e admiração. Embora tivessem passado cerca de 4 décadas até aos dias de hoje, Syd Barret é referido por vários artistas como uma forte influência, além de ser denominado o criador do”Rock psicadélico”. A influência de Syd mesmo após a sua saída dos Pink Floyd é demasiado evidente na sonoridade do grupo, principalmente nos finais dos anos sessenta e ao longo da década de setenta. Também não podermos esquecer que dois dos maiores êxitos dos Pink Floyd “Wish You Were Here” e “Shine On You Crazy Diamond” foram compostos em 1977 por Roger Waters e David Guilmor, em homenagem a Syd Barret.
A solo registou dois álbuns, um terceiro, de "sobras", lançado mais tarde. Mas era um visionário, experimentando novas dimensões na construção das melodias e sobretudo nos seus arranjos.
Uma breve carreira a solo, da qual contudo nasceram discos devastadoramente belos (The Madcap Laughs), terminou em 1972, quando Syd parecia ter perdido todo o interesse pela música. Em 1974 vendeu à editora os direitos sobre os seus discos e, libras no bolso, mudou-se para um hotel em Londres. Esgotada a carteira, regressou para a cave na casa da mãe. Há quem veja nele um caso de esquizofrenia. Seja como for, Gilmour explicou, em recente entrevista, que o seu colapso mental seria inevitável. E que as experiências psicadélicas com o LSD não foram mais que um gatilho que o acelerou.
A sua música, quase toda ela composta entre 1966 e 67, traduz ecos de uma infância feliz, até ao dia em que o pai foi ceifado pela morte antes do tempo. A solo, contudo, o canto denuncia sobre estas palavras uma melancolia, quase desespero, solidão que mal comunica, entope e implode. Assim foi.
Gravou apenas um álbum inteiro com os Pink Floyd, mas é impossível falar na história e música do grupo sem o evocarmos, tantas que foram as marcas que acabou por imprimir numa obra que frequentemente abordou a doença mental, por vezes em referência directa a Syd Barrett. Mas consigo, sobretudo entre 1966 e 67, os Pink Floyd não só se afirmaram como a primeira banda psicadélica britânica, como uma das aventuras musicais mais visionárias desse tempo em que o som ganhou cor e novos sentidos de liberdade. Afastado, primeiro da banda, em 1968, depois da música, pouco tempo depois, viveu as três últimas décadas de regresso à Cambridge que o viu nascer em 1946. Abandonou o nome de guerra, Syd (roubado em inícios de 60 a um amigo baterista da sua cidade), e respondia de novo com o seu nome: Roger Barrett. Voltou a pintar. Aprendeu a cozinhar e começou a coleccionar moedas. Saía à rua para fazer compras, mas só falava com as empregadas das lojas. Paparazzi e fãs visitavam-no. Tiravam-lhe fotografias. Não gostava, mas gostava ainda menos que lhe falassem de quando era músico. Em 1998 a irmã, a única pessoa que se manteve por perto, ofereceu-lhe uma aparelhagem áudio, para que pudesse escutar os discos de que mais gostava: Rolling Stones, Booker T & The MG's e compositores clássicos. Pink Floyd não voltou a escutar. E quando a EMI lançou a antologia dos Floyd Echoes, em 2001, não se manifestou. Todavia, viu pouco depois, em casa da irmã, um documentário que a BBC transmitiu sobre a "sua" banda... Gostou, embora o criticasse por muito "barulhento". E saboreou, sobretudo, uma velha canção que lançara em 1967: See Emily Play. Há oito anos foi-lhe diagnosticada diabetes e prescrita uma medicação que nem sempre seguia à risca. E foi uma complicação associada à diabetes que, na passada sexta-feira, lhe roubou a vida. Em casa. Sem aparato. Sem gente por perto.

Excertos in DN

quinta-feira, julho 13

Vicio de ti

Amigos como sempre
Dúvidas daqui para a frente
Sobre os seus propósitos
É difícil não questionar.
Canto do telhado para toda a gente ouvir
Os gatos dos vizinhos gostam de assistir.

Enquanto a música não me acalmar
Não vou descer, não vou enfrentar
O meu vício de ti não vai passar
E não percebo porque não esmorece
Ao que parece o meu corpo não se esquece.

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti

Levei-te à cidade, mostrei-te ruas e pontes
Sem receios atrai-te as minhas fontes
Por inspiração passamos onde mais ninguém passou
Ali algures algo entre nós se revelou.

Enquanto a música não me acalmar
Não vou descer, não vou enfrentar
O meu vício de ti não vai passar

Não percebo porque não esmorece
Será melhor deixar andar
Será melhor deixar andar

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti

Eu canto a sós para a cidade ouvir
E entre nós há promessas por cumprir
Mas sei que nada vai mudar
O meu vício de ti não vai passar, não vai passar...

Mesa - Vicio de Ti

quarta-feira, julho 12

Carpe Diem


Começas a sentir-te inseguro e perguntas de onde estarás daqui a um ano ou dois, mas logo te assustas ao dares-te conta que apenas sabes onde estás neste momento.
Começas a dar conta que existe um montão de coisas sobre ti mesmo que não conhecias e algumas delas não gostas.
Começas a dar conta que o teu circulo de amigos é mais pequeno do que há uns anos atrás.
Dás conta que cada vez é mais difícil de ver os teus amigos e coordenar horários…por diferentes questões: trabalho, estudo, namorada…e cada vez desfrutas mais dessa cerveja que serve como desculpa para os intervalos…
Olhas para o teu trabalho e quem sabe não é bem aquilo que pensavas que estarias a fazer…ou talvez estás procurando algum trabalho e pensas que tens de começar desde o fundo e ficas com um pouco de medo.
Estranhas de socializar sempre com a mesma gente, de forma constante. As multidões já não são “tão divertidas”…por vezes incomodam-te.
Dia após dia tratas de começar a entender-te, sobre o que queres…e o que não queres…ris com mais gana, mas choras com menos lágrimas, e com mais dor.
Por vezes sentes-te genial e invencível e outras…sozinho, com medo e confuso.
De repente tratas de esquecer o passado, mas dás-te conta que o passado surge mais vezes no presente e não existe outra opção do que seguir em frente.
O coração fica ferido e perguntas a ti próprio, como essa pessoa que amavas tanto, consegue fazer-te tanto mal.
Todos os teus amigos que levam anos de namoro, começam a casar.
Por vezes também amas alguém, mas simplesmente não estás preparado para te comprometeres para o resto da vida.
Atravessas as mesmas emoções e perguntas uma e outra vez, falas com os teus amigos sobre os mesmos temas, porque por vezes não consegues tomar nenhuma decisão.
Preocupas-te com o futuro…o que será da tua vida?
Sair para a rambóia começa a ficar esgotante…
Por vezes gostaríamos de voltar aos 18 anos…
Dizem que estes tempos são o cimento do nosso futuro…sim! Porque os alicerces foram a nossa infância…
Parece que foi ontem que tinha 18 anos…e amanha 30…é assim tão rápido?
Mas na realidade nada disto importa, temos é de aproveitar todos os dias do nosso tempo e não deixá-lo que passe por nós…
Carpe Diem

Fly Away

Em cada espírito,
Surge uma alma de gaivota,
Traçando um branco de vela,
Por cima desta água salgada,
É abrir as asas ao vento,
E descender sobre o mar,
E com a quilha do peito,
Deslizar entre as ondas,
É voar para nunca parar.

terça-feira, julho 11

Ficar...


Se eu pudesse não partir,
Eu ficava aqui contigo,
Se eu pudesse não querer descobrir,
Se eu pudesse não escolher,
Eu juro, era este o meu abrigo…
Se eu pudesse não saber que há mais,
Mas como pode a lua não querer o céu?
Como pode o mar não querer o chão?
Como pode a vontade acalmar um desejo?
Como posso eu ficar?

Se eu pudesse não partir,
Eu ficava aqui contigo,
Se eu pudesse não saber que há mais…
Mas como pode a lua não querer o céu?
Como pode o mar não querer o chão?
Como pode a vontade acalmar um desejo?
Como posso eu ficar?
Como posso eu ficar?

Para alguém muito especial...estejas onde estiveres...em qualquer parte deste mundo...

Margarida Pinto - Ficar

segunda-feira, julho 10

This Mess...

Chorar, porquê?
Não sei.
O que são as lágrimas?
Expressão da alma,
Do sentimento, do ser.
Que sinto?
É tristeza ou felicidade…
Tudo numa só vez.
Porquê?
Sempre buscando o porquê,
Sempre a mente activa,
Sempre maquinando e perguntando.
Que sinto?
Que quero?
Que faço?
Chorar e rir,
Sonhar sem sentir,
Recordar sem possuir.
Desejos reais ou obrigação?
Deixar viver, fluir e sentir…
Minha mente não me deixa,
Desfrutar do momento…
Medo, dor da dor.
Tristeza antecipada,
Entrega e perdida,
Felicidade desejada,
Constantemente nascida,
Um viver sem viver.
Procurando talvez…sobreviver.

Um estado de confusão, entre felicidade e negação. Querendo pensar e racionalizar. Apenas sentimentos embutidos em linhas de palavras por meio de uma caneta e papel…

domingo, julho 9

Your Way...

Maybe...
I will cry,
But I have to say goodbye,
It’s not a tear of blood,
Or a tear of saltwater in my eye,
It’s here…deep inside,
That says…How I adore you,
And how much you mean to me…

You will be a great friend of mine…
I have no doubt,
Because in my heart,
Always will be a special place for you,
With confidence, affection, and devotion.

Every time I remember your voice and words,

So pure and blue,
I will look to the sea,
Thinking of me…
And Thinking of you...

These words will hurt you,
I know…
But in this moment….
It’s a goodbye
Not forever… I’m sure
It’s only for a while…

I’ve got a feeling,

I’ve got a feeling so strong,
Maybe someday our paths will cross,
One day in some far off place,
All the rules will bend…
We will drink a cup of coffee,
As you wanted…
And take a view of the sea,
We will count all the stars in the sky,
And take you to a journey,
Around the world,
And back…

Someday…I will find you,
In the ends of the earth,
I’ll get no sleep …to tell you,
I adore you…
And we'll be together eternally...

sábado, julho 8

Horizonte


Existem poucas coisas tão profundas e absurdas, como ficar a olhar para o horizonte e tentar definir a fronteira entre o mar e o “aqui” e “ali”. É hipnótico ver toda essa água revolvendo-se e entretanto perde-se a noção do tempo. Podes acordar de repente e pensar “Raios o que estou a fazer aqui?”, mas existe algo dentro de ti que te faz pensar que, apesar de não estares a fazer nada de produtivo, é impossível inverter o tempo


Suspiras como o vento,
Ao longo deste tempo,
Eu te invento…


Estou intentando encontrar as palavras…

Mas…se alguma vez me beijares,
Terá de ser no mar,
Quero ter nos meus lábios,
Uma mistura de água e sal,
Os dois com o desejo a pairar,
Apenas rodeados da liberdade,
E de toda a verdade

sexta-feira, julho 7

Do We See The Same Stars?

Sentiu o coração a bater-lhe no peito, sabia que era verdade e sentiu-se confusa e desesperada. Apesar de ter sonhado duas vezes com ele, sabia que tinham olhado um para o outro como se fossem amantes há muitos anos, conhecendo tudo e mais do que tudo um sobre o outro, corpo, espírito e coração. Lembrou-se do sonho em que parecia que estavam ligados um ao outro há muitos anos por um laço que se não era o do casamento podia muito bem ter sido. Amantes, companheiros, sacerdote e sacerdotisa – qualquer que fosse o nome. Como é que podia dizer a Gorlois que conhecera Uther apenas num sonho, mas que tinha começado a pensar nele como o homem que ela amara há tanto tempo que a própria Igraine ainda não era nascida, era apenas uma sombra? Que a essência dentro dela era a mesma mulher que tinha amado esse homem estranho que trazia nos braços as serpentes em ouro…Como é que podia dizer isso a Gorlois, que nada sabia, nem queria saber. Dos Mistérios?
Excerto do lIvro "Mists Of Avalon" de Marion Zimmer Bradley
Nada neste mundo é seguro e eterno, mas como podemos nós ter a sensação de desejar outra pessoa sem a conhecer pessoalmente? Serei o único?

quinta-feira, julho 6

Sexo é pecado?


Antes de mais nada, este post pode parecer um pouco fora do contexto a que este blog se propôs, mas pensando bem…quando falamos de sexo…não existe blog que resista…


Orientações sexuais contidas na cartilha de ensinamentos da Igreja Universal do Reino de Deus contra a libertinagem sexual, retirada do livro "Castigo Divino".

A maneira certa de se relacionarem sexualmente , segundo a cartilha:

Posição Recomendada - O homem e a mulher devem lavar suas partes com 1 litro de água corrente misturado com uma colher de vinagre e outra de sal grosso. Após isso, a mulher deve abrir as pernas e esperar o membro enrijecido do seu parceiro para iniciar a penetração. O homem após penetrar a mulher, não deve encostar seu peito nos seios dela, deve manter uma distância pois a fêmea deve estar rezando aos santos para que seu óvulo esteja sadio ao encontrar o espermatozóide. Depois do ato sexual, os dois devem rezar, pedindo perdão pelo prazer proibido do orgasmo. Como penitência, o açoite com vara de bambu é aceito como forma de purificação.

Bem..este foi apenas um pequena excerto de um livro da IURD…ainda havia mais para escrever, sim! Porque este livro é uma autentica comédia…mas para não ferir algumas susceptibilidades…achei melhor colocar apenas esta parte…


Pessoal! Tenho aqui há porta de casa, um camião carregado com bambu…

Mulheres...e Homens


“…as mulheres do que gostam é de amar. Sobretudo quando não há ali mais ninguém que se preste a isso.”

“ Meia dúzia de homens foderam o mundo para impressionar as mulheres.”

“Vá lá Deus perceber as mulheres.
As mulheres são todas diferentes. Quando se perde um homem, há outro igual ao virar da esquina. Quando se perde uma mulher, é uma vida. Os amigos arranjam-se e as mulheres também, mas as mulheres ninguém sabe como é. As mulheres sabem. Os homens pensam. As mulheres pensam que sabem. Os homens sabem que não sabem. Mas são as mulheres que acabam por ter razão.
Quando penso nestas coisas gosto da sensação de não chegar a parte nenhuma. Falar nas «mulheres» é uma estupidez. De nada serve falar a este nível de abstracção. É como falar do «Universo».
Pior. Cada mulher deste mundo é um universo a parte. Ou, se calhar, é só porque as mulheres não pensam nos homens como os homens pensam nas mulheres.”

“ «Como és parecido comigo e dás-me luta, atrais-me.»
As mulheres apaixonadas pensam assim. Incrível que pareça.
No fundo julgam que nós não temos culpa nenhuma. De nada. Elas determinam tudo. O mal e o bem.”

“ Não percebemos que há mulheres más. Muitas mulheres más. Muitas muito más. Mais mulheres más que boas. Aí dez más para cada boa. Atenção: boas geralmente feias e desinteressantes.
Estudiosas e freiras ainda o melhorzinho, mas difíceis de encontrar. Estudiosas porque estão precavidas – sabem que ter um milhão de livros é melhor que um homem. Freiras porque conseguem viver longe de nós. Estar perto de Deus é só um benefício suplementar.”

“ Viver não vale a pena se nos deixarmos apaixonar por uma mulher má. Nunca fui feliz, nem um só minuto…”

"Nós homens, não somos cabrões, mas sim indivíduos normalissimos que não podem ficar com a mania que são bons. Ou importantes. Chateâmo-las, sim. Muito. Mas quem não?"

"...era boa. É essa a pancada dos homens: têm a mania que são maus. Que são tão sacanas e mentirosos que as namoradas têm de ser melhores, por força da fisica."

Excertos retirados do livro de Miguel Esteves Cardoso - "O Amor é Fodido"

quarta-feira, julho 5

Gótico

Ao som de uma corneta,
Desperto de um sonho,
Acordando debaixo deste céu cinzento,
Ele me guiará aonde devo de ir,
O lugar onde agora me encontro,
Seu aspecto é muito confuso,
Não me recordo como cheguei,
Eu apenas sei, que é tarde,
Alguém me espera,
Em algum lugar desta selva.
O vento sussurra o meu nome,
Caminho por um trilho deforme,
A imponente escuridão não me deixa ver,
Mas mesmo assim, nada me vai deter,
Gemidos de agonia se escutam,
Gritos pedindo ajuda,
Meus passos aceleram,
Meu corpo cai precipitadamente,
Em vão tento colocar-me de pé,
Meu corpo ferido nega-se a obedecer,
Os latidos do meu coração aceleram,
Existe algo que o oprime e lastima,
Uma sensação de angústia o agoniza,
A desesperação algema a razão,
A preocupação anestesia a dor,
Logo me levanto com muita dificuldade,
Sei que necessitas de mim, aguenta um pouco mais,
Algo mortifica o meu coração, que teme pelo pior,
Eu estou a chegar, espera-me por favor…
Teus gritos! Já não os escuto…
Este silêncio desgarra meu coração…
Sem dar-me conta caio no chão,
Estou muito cansado…levanto o meu olhar,
A luz da lua ilumina um túmulo,
O nome que sobre ele está escrito,
Parece-me muito familiar…
Estupefacto, apenas quero recordar…
Não cheguei a tempo,
Agora encontro-me, frente ao teu leito,
Lágrimas brotam dos meus olhos,
Lágrimas de impotência,
A minha pele estremece de frio,
Grasnam os corvos negros,
Que posam sobre o tumulo,
Estão aqui, observando os meus movimentos,
Consigo ver a morte nos seus olhares,
Vieram pela minha alma ferida…
Meu destino é inevitável…
Os corvos começam a atacar…
Seus bicos atravessam,
O meu frágil corpo,
De quem não se defende,
E aceita seu cruel castigo,
Com um sorriso no rosto despeço-me deste mundo,
Embora com um grito de dor,
Meu coração sente uma grande alegria,
Espera-me, estou de partida…
Pouco a pouco abro os olhos,
Apenas foi um sonho…
Minha almofada está molhada,
Com as minhas lágrimas salgadas,
Olho para ti…
Afinal ainda estás aqui…

Influências da musica que ultimamente tenho escutado…

terça-feira, julho 4

Butterfly on a wheel



Silver and gold and it's growing cold
Autumn leaves lay as thick as thieves
Shivers down your spine chill you to the bone
'Cos the mandolin wind is the melody that turns
Your heart to stone
The heat of your breath carving shadows on the mist
Every angel has the wish that she's never been kissed

A broken dream haunting in your sleep
And hiding in your smile a secret you must keep
Love cuts you deep

Love breaks the wings of a butterfly on a wheel

There's no scarlet in you, lay your veil down for me
As sure as God made wine, you can't wrap your arms
Around a memory
Take warmth from me, cold Autumn winds cut sharp as a knife
And in the dark for me, you're the candle flame that
Flickers to life

Love will break the wings of a butterfly on a wheel

Wise men say all is fair in love and war
There's no right or wrong in the design of love
And I could only watch as the wind crushed your wings
Broken and torn crushed like the flower under the snow
And like the flower in spring
Love will rise again to heal your wings

Love heals the wings of a butterfly on a wheel
Love will heal the wings of a butterfly on a wheel

The Mission - Butterfly on a wheel

Hoje de manhã liguei a rádio e passado pouco tempo começo a ouvir esta musica...que recordações...daquelas alturas em que tentava ser um gótico, ao ouvir The Cure, Depeche Mode, The Mission, Bauhaus, Sister Of Mercy, The Smiths e por ai fora....
Bem...as recordações desta musica, não se limitam só a este pormenor...mas o resto acho que já adivinharam...

Ama-me...ou não me ames...


Ama-me,
Com paixão,
Ou não me ames,
Que é muito melhor a morte,
A viver mediocremente,
E prefiro que me odeies,
A sofrer de quem não sente.
Odeia-me,
Meu amor,
Ou ama-me para sempre,
Que desejo sentir a tua ira,
Arrancando-me a mente,
E anseio arder em teus braços,
Fundindo-me com a tua alma.
Hoje, agora,
Agora e sempre,
Vou cravar os meus dedos no teu corpo,
Para ser um prolongamento da tua vida,
E ser a confusão,
De bocas que se bebem mutuamente,
Uma confissão de desejos,
Até confundir as palavras,
Com as caricias.

Entrega-me tudo,
Até a tua vida,
Incluso a morte,
Para ser parte do que és,
Do que aspiras,
Do que sentes…
Me juntarei em tua alma,
Profundamente,
Habitarei em teus sonhos,
Nas tuas realidades,
E nos gemidos…
Serei as tuas chaves,
Que abrirão as portas,
De todas as verdades.
Ama-me,
Sem reservas,
A coração aberto,
Sem temperamento,
Sem calma,
Como um rio desbordado,
Perigoso,
Ansioso,
Mortífero,
Como o veneno,
Desbocado,
Como um animal selvagem,
Desesperado,
Como uma loucura,
Assim mesmo,
Ilimitado,
Como o infinito,
Assim quero um amor,
Que me preencha de todo,
Como um trovão perdido que cai na terra,
Como a paixão de uma lenda…


Ao som de Muse - Black Holes And Revelations

domingo, julho 2

Nightswimming



Por vezes quis ser poeta. Outras vezes sinto-me como uma caixa de recordações. Algumas outras acreditei estar dentro de um pentagrama do qual nunca podia (nem queria) sair. Em várias ocasiões tenho a vontade de saltar para outro mundo e ficar lá para sempre... Por vezes escuto a brisa do mar a sussurrar ao meu ouvido.
Por vezes imagino uma ave que se eleva sobre o céu de um mar que nos separa, e aquele lugar sem nome, que nos vai fazer encontrar…
Também quis ser astronauta e futebolista.

Não sei porquê uso qualquer desculpa para escrever[te]

sábado, julho 1

Brincadeiras...

Bem como é costume fui “roubar” mais uma grande ideia para um post do blog “Darkest Shadow”…o que se passa é o seguinte…existe um site myheritage.com que ao fazermos um upload de uma fotografia com a nossa face, esperamos uns segundos e um programa que efectua o reconhecimento do nosso rosto, vai nos mostrar qual é a celebridade que mais se aproxima dos traços da nossa face.
Inicialmente posso afirmar que assustei-me…a primeira celebridade que surgiu foi o Durão Barroso. É verdade está lá! É necessário sair de Portugal para ser uma celebridade!
Mas depois reparei num pormenor da foto…foi tirada numa ocasião em que tinha acordado há pouco tempo, estava com os olhos muito inchados…lol.
Entretanto fui tentando mais fotos, onde surgiram nomes como o Emimen, Joaquim Phoenix, Tom Hanks, Lars Ulrich, Sean Penn, juntamente com actores de origem asiática….mas seguindo os conselhos do site...tentarmos várias fotos e depois verificar qual o nome da celebridade que figura mais vezes. Então a celebridade que surgiu mais vezes foi Brandon Lee…

Epá! Logo duma pessoa que infelizmente já morreu…lembram-se dele no filme “The Crow” ? Em que desempenhava o papel de Eric Draven. Um homem que foi brutalmente assassinado, juntamente com a sua noiva, um dia antes do seu casamento, que iria ser no dia das bruxas, voltando depois do mundo dos mortos para vingar a morte da sua amada…sinceramente, gostei bastante deste filme….
Portanto se existir uma nova sequela do Corvo, já sabem....Eu serei o actor principal...lol...
É interessante que também podemos visualizar as caras femininas que se assemelham ao nosso rosto e foi engraçado que no meu caso surgiram umas actrizes de origem asiática, ou seja grande parte das celebridades que apareceram eram todas de origem asiática, incluindo Brandon Lee…agora compreendo, quando nasci as enfermeiras terem questionado a minha mãe se o pai da criança era chinês…de facto não é chinês, mas por vezes é necessário uma paciência de chinês para o aturar...mas no final, até é bom rapaz…lol.

I Only Wish...

Desta janela observo o mar, por vezes chega e inunda por completo a minha alma, mas nem sempre ocorre. Hoje, é um daqueles dias em que me inunda de melancolia e de alguma forma sei que ainda não encontrei o que desejo, de novo retorna a mesma ideia…o que procuro desta vida?

Olho o azul do céu, do mar, ao longe imagino uma nuvem ameaçadora, que parece querer estragar este azul que tanto gosto…calma, paz, sentimentos…parecem ecoar no interior do meu corpo, e as frases que cada dia escuto repetem-se aqui dentro…

Like waves to the shore
Part of the ocean
The Stars high above
Part of the sky
Now I drift to you
I dream of a river
Of waters so blue
Wish I could live there

Like the air that I breathe
You always be there
The winds that I need
When I want to fly
Now I drift to you
I dream of a river
Of waters so blue
Wish I could live there