quarta-feira, julho 5

Gótico

Ao som de uma corneta,
Desperto de um sonho,
Acordando debaixo deste céu cinzento,
Ele me guiará aonde devo de ir,
O lugar onde agora me encontro,
Seu aspecto é muito confuso,
Não me recordo como cheguei,
Eu apenas sei, que é tarde,
Alguém me espera,
Em algum lugar desta selva.
O vento sussurra o meu nome,
Caminho por um trilho deforme,
A imponente escuridão não me deixa ver,
Mas mesmo assim, nada me vai deter,
Gemidos de agonia se escutam,
Gritos pedindo ajuda,
Meus passos aceleram,
Meu corpo cai precipitadamente,
Em vão tento colocar-me de pé,
Meu corpo ferido nega-se a obedecer,
Os latidos do meu coração aceleram,
Existe algo que o oprime e lastima,
Uma sensação de angústia o agoniza,
A desesperação algema a razão,
A preocupação anestesia a dor,
Logo me levanto com muita dificuldade,
Sei que necessitas de mim, aguenta um pouco mais,
Algo mortifica o meu coração, que teme pelo pior,
Eu estou a chegar, espera-me por favor…
Teus gritos! Já não os escuto…
Este silêncio desgarra meu coração…
Sem dar-me conta caio no chão,
Estou muito cansado…levanto o meu olhar,
A luz da lua ilumina um túmulo,
O nome que sobre ele está escrito,
Parece-me muito familiar…
Estupefacto, apenas quero recordar…
Não cheguei a tempo,
Agora encontro-me, frente ao teu leito,
Lágrimas brotam dos meus olhos,
Lágrimas de impotência,
A minha pele estremece de frio,
Grasnam os corvos negros,
Que posam sobre o tumulo,
Estão aqui, observando os meus movimentos,
Consigo ver a morte nos seus olhares,
Vieram pela minha alma ferida…
Meu destino é inevitável…
Os corvos começam a atacar…
Seus bicos atravessam,
O meu frágil corpo,
De quem não se defende,
E aceita seu cruel castigo,
Com um sorriso no rosto despeço-me deste mundo,
Embora com um grito de dor,
Meu coração sente uma grande alegria,
Espera-me, estou de partida…
Pouco a pouco abro os olhos,
Apenas foi um sonho…
Minha almofada está molhada,
Com as minhas lágrimas salgadas,
Olho para ti…
Afinal ainda estás aqui…

Influências da musica que ultimamente tenho escutado…

5 Comments:

Blogger Sea said...

Pois... não sei muito bem como interpretar este poema. Só tu sabes quem não queres ver partir do teu leito :)
Kiss

15:43  
Blogger Taliesin said...

Sea...embora não tenhas nada a ver com isto, mas vou descarregar!...Além de perdermos com os galos ainda há gente que anda constantemente a chatear-me a cabeça...que dia! _oda-se!

02:38  
Blogger Sea said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

09:58  
Blogger Sea said...

Caríssimo Taliesin, quanto ao perder com os galos, a injustiça é e será sempre uma constante. É algo que me revolta profundamente. Foi assim que fiquei ontem. O empurrãozinho dado aos galos, deu os seus frutos.
Quanto ao resto...

"Well, joke me something awful, just like kisses on the necks of best friends.
We're the kids who feel like dead ends.
And I want to be known for my hits, not just my misses.
I took a shot and didn't even come close.
At trust and love and hope.
And the poets are just kids who didn't make it.
Who never had it at all.

And the record won't stop skipping.
And the lies just won't stop slipping.
And besides my reputations on the line.
We can fake it for the airwaves.
Force our smiles, baby, half dead,
From comparing myself to everyone else around me.
(...)
Blame everyone but me for this mess.
And my back has been breaking from this heavy heart.
We never seemed so far.
I'm hopelessly hopeful. You're just hopeless enough.
But we never had it at all."

P.S.: hope you'll understand the message.
Só tu podes dar um murro na mesa.

Kiss

10:02  
Anonymous Anónimo said...

Looks nice! Awesome content. Good job guys.
»

20:18  

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