segunda-feira, fevereiro 27

Esses teus olhos...

Esses teus olhos brilham como dois Sóis que nascem no horizonte,
Fazendo crescer em mim a vontade de construir uma ponte para chegar até ti.
Onde beberei o orvalho dos teus peitos até ao amanhecer,
Onde em cada marca da minha língua deixarei um suspiro.
Vou-te chamar minha e tomarei a possessão dos teus sentidos,
E em cada canto do teu pescoço depositarei uma flor,
Para poder reuni-las todas no jardim do teu corpo.
Vou-te chamar amada e ocultarei com a minha pele todos os teus temores,
E em cada beijo que dermos,
Acenderemos a luz de todas as sombras.
Vou-te chamar de todos os modos,
A minha voz será um grito persistente,
Que calará todas as vozes que ficaram na tua mente,
Apenas quero-te ver a brilhar majestosamente…

sexta-feira, fevereiro 24

Take My Hand...



Hoje, acordei e olhei através da janela onde o Rio me cumprimentou e o Sol sussurrou ao ouvido algo que não escutava há algum tempo…hummm...what a feeling!

Pins, needles and butterflies
Into deeper pools I dive
To re-emerge
Almost submerged
Ultraviolet

Is it slight of hand
Or the surest touch
You caught me as I fell
And put me on a pedestal
Can you be sure that’s right?

My king of hearts
Are we the only two
To feel so powerless
And yet so powerful

And all at once
We are all at one
So take my hand and
We’ll explore a land of mellow truthfulness

Something deep in you
Touches something
So deep in me
And suddenly destiny
Lays down in front of me
It’s what I
Was designed to do
To touch something so deep in you

I was a run away
But what was I running too
You stopped me in my tracks
When I turned back
All I could see is you

The wind telling tales of golden histories
Whispering among the trees
Of heaven and it’s mysteries

And soon
We two will commune
Like the spheres of sun and moon
The perfume of the rose in bloom

Something deep in you
Touches something
So deep in me
And suddenly destiny
Lays down in front of me
It’s what I
Was designed to do
To touch something so deep in you...


Moloko - Take My Hand

quinta-feira, fevereiro 23

Voices In The Sky


Não procuro uma princesa,
Porque não acredito em princesas,
Também não procuro a mulher perfeita,
Porque eu não sou o homem perfeito,
É a perfeição que receio,
Não procuro alguém que passe todo o dia a pensar em mim,
Procuro alguém que passe o tempo pensando em mim e no resto,
Alguém que queira estar noites inteiras ao meu lado até ao amanhecer,
Que queira sentir-me e que não tenha medo do meu coração,
Alguém que goste de olhar nos meus olhos,
E descobrir o que vai aqui dentro...


Ao som de Kelley Polar - Love Songs of the Hanging Gardens

Consegue-se morrer de Amor?

Escrevi este texto para aqueles que estão apaixonados, para os incorrigíveis românticos que alguma vez olharam para a lua e perguntaram a si próprios se em algum lugar do mundo existe esse ser único e maravilhoso que seja o seu complemento. Também para os que acreditavam ter encontrado e o perderam por qualquer que tivesse sido a causa, ou seja, cof-cof, desculpem, estou com tosse.
Consegue-se morrer de Amor?
A grande maioria opinará que não, pois a víscera cardíaca apenas está destinada à função de bombear o sangue do nosso corpo e de certeza que não vai parar devido a um sentimento. Por Favor, não vão dizer que o Amor é causado pelas feromonas, porque quantas vezes pensamos que encontrámos a nossa cara-metade, sem conhece-la fisicamente.
Pode ser que se diga que o coração é o que sente porque, quando possuímos uma dor e se constringe devido ao amor. A impressão que temos é que existe uma dor localizada bem no fundo da alma. Ao contrário, quando visualizamos o que amamos (nem que seja por foto), ficamos a flutuar, rodeados de estrelas de ilusão, damos gargalhadas a partir do nada e sentimo-nos plenos, melhores, contentes de viver e respirar debaixo do mesmo Sol que ilumina a nossa pessoa amada, mesmo que esteja distante de nós.
O quanto deslocados estamos deste mundo terreno, donde não se acredita no que não se toca, onde o sexo acidental encontra a sua justificação no duro desejo carnal, onde os corpos se misturam numa longa sucessão de caras anónimas. Muitas vezes questionamo-nos se vale a pena ter sexo só quando amamos alguém, dando a entender que é assim que fazemos.
Mas o mais importante deste assunto, é que ás vezes, acreditamos que o Amor existe mas não o encontramos e de repente aparece. Pum! E como veio se foi, esfuma-se no nada como se tivesse existido, deixando-nos de rastos, na maior consternação, incrédulos, pensando “O que aconteceu?”. Logo compreendemos que o nosso “Amor” apenas estava a brincar com os nossos sentimentos ou a coleccionar corações. Sinceramente, este tipo de situações, acontecem hoje em dia com bastante frequência, quer por parte dos Homens ou das Mulheres. Mas por vezes até somos nós que acabamos por cometer alguns erros e sem dar conta, é tarde demais para os emendar. Apenas o tempo pode reparar os estragos infligidos na nossa "armadura".
É engraçado que termino de escrever e reparo que muito do que escrevi, acontece no filme “ Les Poupées Russes”.
Ao som de boozoo bajou-dust my broom

quarta-feira, fevereiro 22

Black Celebration


"A brief period of rejoincing"

Let's have a black celebration
Black celebration, Tonight

To celebrate the fact
That we've seen the back
Of another black day

I look to you
How you carry on
When all hope is gone, can't you see
Your optimistic eyes
Seem like paradise
To someone like, me

I want to take you in my arms
Forgetting all I couldn't do today

Black celebration
Black celebration, Tonight

To celebrate the fact
That we've seen the back
Of another black day
I look to you
And your strong belief
Me, I want relief, tonight
Consolation
I want so much
Want to feel your touch, tonight

Take me in your arms
Forgetting all you couldn't do today

Black celebration, I'll drink to that
Black celebration, Tonight


Depeche Mode - Black Celebration
Quem estiver interessado em assistir a mais um grande concerto dos Depeche Mode no estádio Alvalade XXI no dia 28 de Julho, deixo a informação de que os bilhetes foram colocados hoje á venda. Já tenho o meu......

terça-feira, fevereiro 21

Procurando o Amor...


Existem diversos filmes, talvez milhares, que nos falam sobre o amor e tudo o que gira a volta deste sentimento. Sinceramente, não só um grande fan deste tipo de filmes, mas ultimamente recordo que gostei de “Before Sunset” , “Eternal Sunshine Of A Spotless Mind” e "Me and You and Everyone We Know", digamos que são filmes que nos falam do amor, mas de uma forma um pouco diferente do habitual. Neste fim-de-semana, devido ás condições criadas pela Mãe Natureza, ahhhh e não podia deixar de referir aquele “grande” espectáculo televisivo transmitido da terra da fantasia. Peço desculpa em quem acredita numa boneca, mas este blog é meu e escrevo o que penso. Acho que não necessito de dizer mais nada…
Bem voltando ao que interessa, como disse anteriormente, neste fim-de-semana tive a sorte de ver um filme "Les Poupees Russes", que curiosamente, tinha em casa há já algum tempo. Inicialmente o primeiro pensamento que tive e provavelmente acontece com toda as pessoas, ou seja, trata-se de uma continuação do filme “ A residência espanhola”. O realizador e as personagens são as mesmas, mas de facto estamos enganados, é obvio que existem algumas referencias á “ residência espanhola”, mas quem não viu este filme pode ver e muito bem “ Les Poupees Russes”.
Sinceramente não gostaria de falar muito sobre a história, porque alguns de vos podem ver este filme. Mas o que posso dizer é que fiquei apaixonado por esta película, mais uma pérola do cinema Francês. Já agora aconselho a descobrirem no filme o porquê do título “Les Poupees Russes” em Português “As bonecas Russas”. Sinceramente nunca tinha pensado desta forma…;-)
Não podia deixar de referir alguns dos inumeros momentos que não esquecerei tão cedo :

Wendy: És o tipo perfeito.
Xavier: Estás enganada, não sou nada.
X: Se há uma desgraça na terra, sou eu.

W: Está certo o que eu disse...Tu és o tipo perfeito
X: Como podes ser tão gentil?
W: Tu és a melhor coisa que me aconteceunos últimos 26 anos.
X: Eu não sou aquilo que dizes que sou.
W: Eu sei que não és perfeito
W: Os defeitos, as imperfeições, mas quem não os tem?
W: É justo que eu prefira os teus problemas.
W: Estou apaixonada pelas tuas imperfeiçõesas tuas imperfeições são belas.
W: Posso te dizer...
W: Nem imaginas, depois de ter estado com o Ed,
W: Comparado com ele,tu és um dia na praia.
W: Eu sei que a maior parte das raparigas pôr-se-iam de joelhos pela sua beleza.
W: E elas só vêem aquilo que querem ver.
W: Mas eu não sou assim.
W: Eu não vejo só a beleza
W: Interessa-me o todo.
W: Eu gosto do que não é perfeito.
W: É assim que eu sou.
W: Tens de ir agora.
X:" Qualquer tipo normal teria corrido atrás dela depois de ter ouvido aquilo."
X:" Eu não me mexi... ou na verdade, era o comboio que se mexia... e deixei ir..."


Xavier:"Em determinado momento, eu não lembro porque, nem como, mas aconteceu..."
X:"Senti a sua mão a dizer:"- A sério? Achas? Tens a certeza?
X:"E a minha mão respondeu:"- Sim, tenho a certeza.
X: Eu tenho desejo, e sinto que também tens esses desejo.
X:"Senti a sua mão agarrar-me mais firmemente,ela também sentiu desejo!"
X:"É louco ver como este momento é tão forte:"
X:"Uma coisa que dura 12 segundos na tua vida e que fica na tua memória para toda a vida!"
X:"Normalmente, no cinema, a história de amor pára aqui!

Não te deixo...


Não te deixo com a tua vida,
Nem com os teus sonhos,
Nem com a tua gente,
Nem com o teu amanhecer,

Nem sequer com os teus raios de sol.

Não te deixo com as tuas realidades,
Nem com os teus livros,
Nem com as tuas fobias,
Nem sequer com a inconsistência da recordação,
E com todo o teu juízo do esquecimento.

Não te deixo lamber as feridas,
Nem nenhum gotejar da dor que sangra,
Não te deixo sozinha, no telhado da vida,
Nem rasgada, debaixo do sofá da dor.

Nego-me a faltar com um aviso na senda dos teus passos,
A cerrar os olhos, causando silêncio no preenchimento de um sonho,
A perder tudo isto que construímos,
A ganhar no choro porque nada se deve a ninguém.

Não te deixo,
Não te solto,
Simplesmente ou complexamente,
Não te deixo abandonada à sorte,
Não te deixo no alto do voo,
Porque tu vieste com as palavras sobre o amor,
Vieste com todos os meus abraços,
Vieste e desde o início sempre te desejei.

Não te deixo com o teu exército de responsabilidades,
Nem com as lágrimas de uma dor solitária,
Nem esperarei estar donde menos me esperas,
Nem quero perder mais tempo a explicar a nossa história,
Estás, estou, somos um caminho paralelo,
E por mais que grite para o mundo inteiro,
Iremos encontrar-nos, nem que seja na escuridão,
E por menos que chore o resto,
Não te deixo...
Não te deixo...

segunda-feira, fevereiro 20

Come With Me...


Come with me
Into the trees
We'll lay on the grass
And let the hours pass

Take my hand
Come back to the land
Let's get away
Just for one day
Let me see you stripped
Down to the bone

Metropolis
Has nothing on this
You're breathing in fumes
I taste when we kiss

Take my hand
Come back to the land
Where everything's ours
For a few hours

Let me see you
Stripped down to the bone
Let me hear you
Make decisions
Without your television
Let me hear you speaking just for me

Let me see you stripped
Down to the bone
Let me hear you speaking just for me
Let me see you stripped
Down to the bone
Let me hear you crying just for me


Depeche Mode - Stripped

domingo, fevereiro 19

Nós



Quero,
Que cada um dos nossos poros sue com o suor do outro.
Desejo,
Que nos beijemos com força até convertermos as almas numa única,
Que juntemos as nossas mãos de tal modo,
Que nunca se chegue a saber de onde começa e termina cada uma.
Quero,
Saber a historia de cada unha dos teus dedos,
E de cada dedo das tuas mãos.
Anseio
Sentir o meu corpo puxar e tocar o teu,
E na minha alma a aureola da tua alma.
Quero
Que num bater de asas,
Os dois desapareceremos de improviso,
Para que surja um novo ser,
Nós.

sábado, fevereiro 18

Desígnio

Não feches as asas,
No céu da liberdade,
Não fiques no silêncio,
Nem ocultes a lua,
Não fujas do sonho,
Agora nem nunca.

Não receies o medo,
No limite das suas garras,
Não claudiques do esforço,
Não acorrentes a alma,
Não renuncies ao céu,
Nem hoje nem nunca.

Não te julgues sem ego,
Não te reveles sem sombras,
Não sonhes sem sonhos,
Não te sintas sozinha.

Não deponhas as armas,
Do teu coração guerreiro,
Não abras as veias,
Sem sangrar o suficiente,
Não detenhas a pressa,
Nem viajes pelo teu mundo sem mim…

quinta-feira, fevereiro 16

Wish You Were Here..

Se pudesse saber o que pensas quando me vês,
Quando os teus olhos se perdem no horizonte,
O que me vais dizer quando estiver a teu lado?
O que te vou dizer quando estiver nos teus braços?
Embora saiba algumas coisas de que gostas,
Mas não sei o que não gostas.
O que amas?
O que odeias?
Porque choras?
O que faz aparecer o sorriso no teu rosto?
O que te faz sonhar?
Espera…acho que sei…
Quero que encontres o que necessitas nos meus olhos,
Que a tua visão se perca na minha,
Quero me digas as coisas mais doidas,
Que o teu silêncio se pronuncie,
Quero que saibas que te quero a meu lado,
Amar o que amas,
Chorar a teu lado pelas coisas mais tontas,
Rir, cantar, dançar,
Mas apesar de tudo isto,
Que conserves o teu espaço
E eu o meu…

Obrigado...


Li um texto num blog de uma amiga e achei o conteúdo lindo, magnifico...ao mesmo tempo que o lia, recordava tanta coisa. Até surgiram umas lágrimas de saudade, quando se referiu à sua avó, fez-me lembrar todos aqueles que eram queridos e grandes amigos, mas que infelizmente decidiram partir, quem sabe para um local melhor.
And so i raise my glass in a last goodbye!
sleep in peace old friend, for me you´ll never die.
the best thing i can say, after all this time, is
you were a real friend, of mine.
old friends...in better times.
É engraçado porque quando somos crianças temos uma visão inocente de que o mundo adulto é o local ideal, onde podemos fazer tudo o que apetece sem os nossos pais nos aborrecerem. Queremos simplesmente ser adultos, o mais rápido possível e agora que estamos numa fase onde surge a dor, sofrimento e a saudade, desejamos ser de novo aquele pequeno ser humano em que vive num Mundo cor-de-rosa e onde tudo é alegria. Não tenho a menor duvida que é a melhor fase da nossa vida.
Out in the city, in the cold world outside
I don´t want pity, just a safe place to hide
Mama please, let me back inside
Amiga, quero agradecer-te mesmo do fundo do coração por teres conseguido fazer com que o meu baú de recordações fosse aberto. Necessitava disto...

Destino...






O destino fez com que nos víssemos mais uma vez. Na troca de olhares tive varias sensações vindas apenas de uma palavra.

A - Já perdi a conta a quantas palavras contêm a letra a, nos poemas que te escrevi...
M - Mar é o local onde pertencemos e onde gosto de tocar no teu corpo...
O - Os teus Olhos castanhos são capazes de incendiar-me de desejo...
R - Neste momento apetece-me raptar-te para o meu esconderijo...

Barco abandonado




A minha vida é um barco abandonado

Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado?

Ah! Falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.

Morto corpo da acção sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.

Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha

Fernando Pessoa

És a Minha Casa...


Estou seguro, essa é a minha casa,

Ali vivo, ali morro,
Esta é a minha casa tão procurada.

A lua vem e me comove,
Penumbra exacta que me rodeia,
São os meus suspiros que merecem,
As lágrimas da tua presença.

Essa é a minha casa, não existem duvidas,
Minha cama, tua cama, nossa batalha,
A dor numa lágrima obscura,
Na felicidade de nos juntar em alma.

Ali beijo o meu beijo,
Ali acaricio a minha mão,
Ali se estremece o meu corpo,
Ali espero dizer te amo.

A vida tem gosto a morte,
A morte tem sabor a vida,
E os todos e os nadas,
Morro por estar na tua poesia.

Sim, sei, essa é a minha casa,
Conheço-a a cada passo,
Proclamo em cada palavra
,A presença em cada abraço.

Porque em mim estou completo,
És anjo e demónio, brilho e sombra,
Uma ferida no lábio que se abre,
Um abraço com as mãos no teu corpo.

Por isso, esta é a minha casa,
Melhor dizendo…és a minha casa.

Imprevistos...

Tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia não se quebra.
Por vezes esquecemo-nos daquilo a que se dá o nome de “imprevistos”.
No caso, um imprevisto desejado.
São estes que nos sorriem no espanto e nos espantam na saudade.
Troco, de bom grado, uma falha matinal na bateria do carro e um concerto esgotado,Por um encontro com quem sonho…algures.

Bom dia saudade


Bom dia saudade
Cada dia vem e me cumprimenta
Invadindo a minha alma com total melancolia
Vais preenchendo a minha mente de memórias que queria esquecer
Mas chegas até elas e embriagas o meu ser de amargura.

Luto cada dia contra este sentimento
Mas a maior parte do meu tempo, me invades!
E chegas a ser mais forte que a minha vontade.

Existem dias que consigo vencer-te,
Esse dia aumenta a minha segurança
Me sinto bem, forte e seguro
Como antes, como sempre fui!

Mas nesta grande luta comigo mesmo,
Cresce este sentimento, de coragem e raiva
Assim me sinto cada vez mais forte
E sigo lutando cada dia
Com a força deste sentimento
Que divaga pelo meu corpo
Fazendo-me estremecer, recordando a saudade
Aquela que ontem deixaste.

Na Sombra da Noite...



Na sombra da noite
Nesta lua que mingua
Cavalgam dois corcéis
Que se olham e se seguem
Um ao outro se persegue.

Com o olhar
Com a distância que têm, se observam
Olha entre a luz da Lua
Recordam-se um ao outro nas coisas do querer.

Um homem e uma mulher
Que se querem sem limitações
São como dois corcéis
Que correm atrás dos seus corações.

És o anjo das minhas noites…

I need you...


Deixa encontrar-te,
Banhada numa chuva de estrelas,
Abraçada à lua.
Apenas coberta pela noite,

No leito da lua cheia,
Me consumirei com a tua visão,
De pupilas húmidas e flamejantes,
Beberei dos teus lábios,
O açúcar da doçura,
Ambrósia dos teus beijos.

Despoja-me das armaduras,
De duvidas e inquietudes,
Faremos renascer o eco das nossas frases escritas,
Com guardadas ternuras.

Com rumores de riso te quero,
Dá-me a tua mão,
Mostra-me o caminho,
Ensina-me o teu destino,
Ata-me ao teu ser.

Descobre um mundo novo,
Onde as distancias serão curtas,
Navegarei na tua pele,
Me sentirei um louco com ideias puras.

No meu corpo desbocado,
Que explode nas ondas,
Liberta o teu barco,
Deixa-me ser a vela que te guia,
Através deste mundo de tresloucados.

Sombra


Tudo está na penumbra.
No fundo do teu quarto uma sombra abandona um canto e aproxima-se lentamente.
A sombra observa-te, parece um sonho por instantes, impaciente.
A silhueta escura aproxima-se da tua face e respira o teu perfume, rouba o teu alento, hipnotiza a tua alma de tal forma que exala um sonho tranquilo e seguro.
A sombra toca com a sua mão negra nos teus seios, tu sentes a carícia, macia.
Tu queres abrir os olhos, mas velozmente outra mão impede o teu intuito, ameaçando-te a sentir, sem ver, o seu corpo convertido num desejo negro.
A sombra te sussurra “Estou aqui, finalmente no teu leito”, ficas sem palavras, porque a conheces, porque a esperavas na penumbra das tuas infinitas madrugadas.
Seu ser etéreo se coloca sobre ti e escutas, distante, seu suspiro ofegante como um eco das sensações mil vezes evocadas.
Suspiras também ao sentir suas carícias.
No teu peito borboletas negras voam próximas dos teus seios, entusiasmadas.
As borboletas descendem e se convertem em ganchos que te despem.
A sombra presencia a forma do teu corpo e diz “Tu és a eleita, serás tu a eterna perfeita”.
Com os dedos negros, percorre o tremor das tuas pernas, quase que não podes sentir e logo se aproxima a manga da sua capa negra, onde está guardado todo o seu desejo.
Com a boca sedenta, coloca os seus lábios a tua mercê e sentes a saliva, a língua e o seu quente alento.
Um novo sussurro escutas “Faz, termina de invadir o meu corpo como invadiste a minha alma”.
Não consegues suster e as lágrimas derramadas se erguem como uma promessa de amor perpétuo.
A voz obscura dá uma gargalhada de satisfação.
Depois de te beijar com longas e continuas ânsias, repete o sussurrar “Estou aqui, sempre aqui, ao pé de ti, podes não me ver, mas nunca te vou abandonar”.

Obrigado por Tudo....


O meu existir começou no teu ventre,
Nos teus braços cresci,
Tuas mãos estão sempre presentes quando estou a cair.
Teus beijos dão-me força,
Tuas carícias aliviam a dor,
Aprendi a rir, a ser feliz, aprendi a amar,
Porque foste tu quem me ensinou.
No teu colo muitas vezes enxaguo as lágrimas,
Nos teus braços encontro o calor, a paz.
És um modelo a seguir,
Na perseverança, no esforço incansável,
Junto com a alegria que,
Nunca me separam de ti.
Agora és a força que me alenta,
Me incita a ser melhor, a triunfar,
Vives os meus êxitos como teus.
És a força dos meus braços,
O sopro para o caminhar,
O sossego das minhas horas de ansiedade,
O motivo pelo qual sempre quero regressar.

Just Feelings...


Esta manhã levantei-me cheio de vontade, meus olhos queriam continuar fechados, só para sonhar contigo. Mas as obrigações me empurram para enfrentar um novo dia. Todos os propósitos do dia anterior se desvanecem em pique, não sei porquê, ás vezes acontece-me isto.A minha mente divaga entre o que quero e o que devo e o que não quero saber, quero ser e fazer o que me apetece, sem obrigações, sem previsões, sentir-me assim como alguém que não quer uma coisa, apenas quero viver cada momento dentro do meu mundo. Quero expressar-me livremente sem proibições de nenhum tipo, abertamente. Ultimamente noto que estou mais feliz, que apesar de tudo o que me rodeia, mantenho a ilusão de estar em ti, de que me sentes através das minhas letras.As palavras saem mais facilmente, o tempo não existe e tudo toma outro cariz, meu ser se relaxa e vive situações através da minha mente. Viajo através de um mundo desejado, distinto e cheio de descobrimentos, em que no dia a dia me vou envolvendo. Ás vezes me debato com este sentimento, que na minha consciência algo está imaturo, mas algo me atrai como um íman. E eu me deixo atrair por ele, pela corrente que o meu corpo detecta, me chama, me empurra e me atrai e eu me deixo levar. Envolve o meu corpo com o seu campo de forças e me rodeia.Nossos olhos não se conseguem ver, nossas mãos não alcançam o toque e os nossos corpos flutuam na solidão, na esperança…Mas imagino-te e quero sentir o teu olhar no meu, quero que as minhas letras sejam as mãos que te toquem, que acariciem a tua alma e revolvam o teu interior, que se fechem como cadeados no teu coração e derramem a paixão no teu corpo.Cada letra será uma ligação da corrente que nos une, que se espalha pelo nosso corpo ardente, cada palavra terá um sentido nas tuas pupilas.Estas letras são sentimentos que saem do meu espírito, igual a um pintor que reparte a pintura numa tela e vai dando vida a esse sentimento que nasce e vai realizando essa visão que parte desde a sua mente e seu coração. Ou como um músico que faz a sua música, em que cada nota é um grito, um sentir da sua alma, igual ao que quero que sintas com as minhas letras.É uma difícil tarefa romper com a monotonia, abrir as asas e iniciar um voo deixando parar trás toda uma vida, momentos de angustia, de ilusão, de felicidade e tristeza compartidos desde esta alma.Muitas vezes durante o dia, tenho um sentimento, como disse um poeta “Vivo sem viver em mim”, e é certo, tantas vezes que a minha alma te procura, tantas vezes quero gritar de não te ter.Só quero alguém para passear pela tarde de mãos dadas, alguém para olhar nos olhos e sentir a sua felicidade, alguém para colocar as minhas mãos na sua cintura e deixar-me cair sobre o seu ombro. Sentir o seu apoio, chegar a casa e jantar juntos, conversar, ficarmos na janela a olhar a lua que sempre nos ilumina, fechar os olhos e sentir que somos um só. Compartirmos o mesmo sentimento, o mesmo falar e amanhecer um dia mais a olhar para os seus olhos. Tomarmos banho juntos, sentirmos o cheiro do pão e do café pela manhã e iniciar um novo dia de onde sei que a minha alma não me vai abandonar porque encontrou o seu lugar, a sua metade, sua vida…

O Amor é Fodido...


Vou amar-te e depois, vou amar-te,
Embora não andes nas ruas que beijam as minhas pegadas,
Nem presencies o voo do anjo cercando o meu céu,
Mas por vezes existe a vontade de incendiar a saudade.
Vou amar-te na brisa, na tormenta e no vento.
Vou amar-te até ao fim dos tempos,
Na paz de um colo que balança esperando,
Acariciando o ventre que me levará a ser eterno,
Ausente nesse abraço que espera pelo teu corpo.

Vou amar-te com toda a alma.
Vou amar-te como sentes,
Com o poder de quem se ama a si mesmo,
Com a fúria de mastigar a palavra ausente,
Com a segurança de ter enganado o destino.
Vou amar-te igual ao dia de hoje, para sempre.

Vou amar-te como sinto,
Vou amar o que quero,
Vou amar até terminar de amar,
E depois, vou amar-te ainda mais,
Apesar da esperança de uns beijos arrojados ao vento,
Das caminhadas pelo pontão da solidão,
Vou amar-te porque nasci para o fazer,
Porque assim o sinto antes de estar.

Vou amar-te porque és a minha razão de amar,
E porque somos mais que a carícia de um sonho.
Porque não existe vida se não estás,
Vou amar-te se estiver morto,
Vou amar-te no dia seguinte e depois…

Poesia instantânea


Sou peixes,
Pertenço ao mar,
Sei que vives nas rochas,
Mas é para o Oceano que te quero levar.

Amor?...ainda é cedo…
Paixão?...talvez…
Nesses teus olhos castanhos,
Quero me perder de vez.

Este tempo mata-me,
Renasce em mim a saudade e a dor,
Se não fosse a tua escrita,
O meu mundo era só de uma cor.

Inúmeras noites olho pela janela,
Para ver a lua a reflectir no rio,
Completamente desnudos, imagino a nossa dança,
Sobre os lençóis de prata,
Onde apenas quero sentir o teu calor,
Pouco me importa o frio.

Em santos não acredito,
Em milagres muito menos,
Mas como és tão bonita,
Será que tudo isto é um sonho.

Um beijo,
É melhor não,
Uma carícia,
Talvez,
Pensando melhor,
Ofereço-te o meu mundo,Juntamente com o meu coração.

Diz-me, como posso deixar de chorar?


Diz-me, como posso deixar de chorar?
Hoje escutei o murmurar dos teus lábios dizendo o adeus mais sentido,
Um adeus cheio de amor,
Algo que nunca antes havíamos vivido,
Fomos felizes porque o fomos…
Tu própria disseste que estavas num pedestal,
Quando tudo era perfeito entre nós.

Preferiste assim
Não quiseste arriscar e continuar a viver,
Pelo medo de dizer adeus quando tudo tivesse esgotado,
A explicação que deste é que não damos valor ás coisas que possuímos,
Longe de criar, nos destruímos,
Então, decidiste dizer adeus quando tudo era gloria.

Diz-me, como posso deixar de chorar?
Tantos risos, tantos bons momentos,
Que agora se convertem em lágrimas,
Tantas lágrimas que brotam destes olhos castanhos,
A voz que gostava de ouvir agora retorna quebrada,
Como um eco da tua ausência,
O olhar se torna perdido, sumiu-se em nada.

Mas porquê continuar a viver se não te tenho?
É uma tristeza que não consigo controlar,
Basta apenas pensar para sentir a minha alma ferida,
Sentir a opressão de dor no meu peito,
Enquanto que o coração implora para não parar.

O ar se extingue, meu respirar é lento,
Sinto a dor no mais profundo da minha alma,
Como nunca antes ninguém me feriu,
Porque foste luz, foste fogo, foste o eterno,
Em momentos foste o amor mais real,
Foste liberdade e disto tudo, não tenho mais nada,
Apenas possuo uma recordação de ontem e um futuro incerto.

Adoro-te como ninguém, mas agora
A minha alma se desmorona e o meu coração,
Cai a pedaços entre a recordação de tudo aquilo que senti perfeito,
Mas o imperfeito o era,
Então digo como amigo,
Vais partir mas levas a recordação contigo.

Perguntas porque te amo?


Perguntas porque te amo…não sei, mas…
Quando os teus olhos se abrem pela manha,
Quando os teus lábios se separam para me dizer…bom dia…
Quando o teu primeiro pensamento é para mim,
Quando o teu primeiro suspiro é porque não estás junto a mim…
Perguntas porque te amo…não sei, mas…
Enquanto as tuas mãos acariciarem a almofada imaginando o meu corpo,
Enquanto as tuas pernas se entrelaçarem entre os lençóis desejando entrelaçar-se entre as minhas,
Enquanto aprisionares o teu peito entre os teus braços, imaginando que me abraças…
Enquanto uma lágrima for derramada por saber que estas longe de mim…
Perguntas-me porque te amo…não sei, mas…
Enquanto o sol nascer e morrer,
Enquanto o mar for salgado,
Enquanto as aves voarem,
Enquanto a lua abençoar os namorados…
Sei que te vou amar para sempre…
Quando vertes essas lágrimas,
Quando concedes as tuas profundas gargalhadas,
Quando te lamentas,
Quando sorris,
Quando suspiras,
Quando danças,
Amo-te?
Quando estamos em desacordo,
Quando ouves os recados,
Quando digo que não,
Quando dizes que sim,
Amo-te… e preocupo-me por me perguntares porque te amo…
Se te amo é porque não existe neste mundo uma mulher como tu,
Se te amo, não sei, nem me interessa saber…
Se te amo, é porque senti o desejo de faze-lo,
Se te amo, é porque Juntos nós resistimos e separados tombamos…

Se...

Se as palavras tivessem formas
Que aspecto te dariam?
Como o frio que enrijece a pele
Como o calor que arde nas tuas entranhas
Os suspiros no ar se levam
E a tua imagem se cobre de mel.

Se as tuas mensagens viessem em mão
Que aroma teria a tua pele?
De surpresas me invadem tuas letras,
Radiografia dos meus pensamentos
Copia dos meus lamentos
E as duvidas do meu ser.

Se num papel estivessem tatuadas
De que cor seriam?
A paciencia dos meus sonhos
Essas pistas escondidas
No sentido das minhas linhas
Que as vezes nem chego a entender.

Se a tua voz as pronunciasse
Qual o som do teu falar?
Exprimindo os meus versos,
Dessas linhas de prazer
Um cocktail de desejo
Elegancia e atractivo merecer.

Nao é de ontem, nem antes de ontem
Que me iluminas
Se acumulam tuas palavras
Não têm odor
Som, sabor E não estão pintadas!
Mas acalmam os meus sentimentos
Voam muito perto dos meus ouvidos
Colocam-se no meu sorriso
Guardadas para sempre na minha recordacão.

Pintar o Desejo



Caem os impérios, morrem os profetas
Nas minhas mãos um aroma a solidão
Que revivem os desenhos já feitos
Daquele amor perdido, que apenas existe a recordação.

Agora que escurece, ofereces-me o teu corpo
No silêncio arde o incenso a patchouli
As Palavras que são cravadas como esperança
Leio as mensagens que te escrevi.

Pinceladas fugazes que perco nas tuas pernas
Teu sexo me inspira num remoinho de cor
Arco-íris esquivos, palavras incompletas
O teu corpo desnudo, és a musa de um pintor.

Persigo entre traços de rosa e castanho
Aquele jogo prismático dos teus peitos a contraluz
Aperfeiçoo-o os lençóis quebrados na cama
Por explosões vorazes de têmpera verde e azul.

Perco-me no castanho dos teus olhos e cabelo
Sangro de vermelho, os teus lábios são paixão
Pinto de luzes incolores a aureola
Da tua pele, da tua boca, do teu sexo
Tu és a minha devoção!



Foste...


Foste.
Realmente foste tantas coisas!
Minha quimera, minha vida, minha lei,
Minha eterna moléstia.
A busca fiel de uma vontade não minha.
A morte a pedaços de uma solidão promíscua.
Tu foste
A imagem dos sonhos dourados da minha mente.
Esse ser de rasgos e defeitos impares
Que chegou e aninhou na minha alma.
Esse sexo animal que preenchia o meu corpo desnudo
De incertezas abismais.
Foste
O movimento constante
De uns braços ao redor do inaudito.
O contínuo tropeçar
Contra a amarga sensação de não estar sozinho.
Foste
O ser, o estar, o ter, o andar
O crer, a sensação de um só.
O palpitar rotineiro de um coração
Quando sente que estamos sem forças.
Tu és
Para mim a mascara cinzenta
Que acompanha um esquecimento angustioso.
O beijo ansiado
Que trato de esquecer com o meu silencio.
A eterna contradição
De não te poder dizer
Amo-te

quarta-feira, fevereiro 15

Lua...


Olho para ti Lua,
E perguntas o que me podes tu dar?
Não é muito o que reclamo,
Não mais de uns minutos para conversar.
Muitas vezes falamos sem decidir nada,
Toda a minha vida desfrutei destes momentos,
Mesmo que queira repeti-los,
Necessito de alguns argumentos.

Lua, tu que sempre apareces nos momentos mais difíceis,
Fica comigo esta noite,
Ilumina com a tua claridade o meu corpo desnudo.
Lua, minha amiga e companheira,
Tu que viste o meu coração a desmoronar-se,
Tu que viste os meus olhos a converterem-se em oceanos,
Invade o meu quarto e oferece-me a tranquilidade.

Lua, sempre tão brilhante,
Sempre em metamorfose,
Sempre tu, sempre Lua,
Sempre foste a única que permaneceu, embora distante.

Lua, vem a mim e vê este corpo cheio de saudade,
Lua, devolve-me o amor,
Deixa-me provar de novo o amor,
Deixa-me sentir a tua réstia na minha pele
Deixa-me sentir a imortalidade.

Lua, volta a dominar o meu corpo,
Regressa para a possessão da minha mente,
Dança comigo, deita-me no chão,
E oferece-me delírios inocentes.


terça-feira, fevereiro 14

Ás Vezes, Nem Sempre...


Ás vezes, nem sempre,

Sinto-me o último do teu universo,
Mais longe do que uma estrela,
Que encerra o teu céu.
Ás vezes, nem sempre,
Sinto-me uma prioridade,
És tão doce que nem consigo adormecer.
Ás vezes, nem sempre,
Que diferença faz se me esqueceres,
Que diferença faz se o Oceano,
Perder umas gotas.
Ás vezes, nem sempre,
Deve ser assim,
Nem vale a pena imaginar.
Ás vezes, nem sempre,
Sou cobarde,
Perco o que amo,
Embora assegure aquilo,
De que não possa prescindir.
Ás vezes, nem sempre,
Quero-te dizer coisas,
Mas a poesia não ajuda.
Ás vezes, nem sempre,
Fico quieto e a sorrir,
Porque não quero que me contemples a chorar,
Ás Vezes, nem Sempre.

This is For You...


Doce inocência,
Que perpetua pureza,
De uma grande coincidência,
Contemplando a tua beleza.

Explorando o desconhecido,
Tocando o mais profundo,
Do vazio de um mundo,
Que é completamente perdido.

Tremor de uma pequena vida,
Mãos que te conhecem suavemente por fotografia,
Nas purezas de um ventre,
Criando uma alma perdida.

Agitação, palpitação e visão,
Sucumbe o mais profundo da mente,
Desejando no coração,
uma grande paixão,
Que será puramente ardente.

Desde certa noite que possuo este desejo,
Olho a lua e o céu passeando a minha dor,
Todos os dias imagino-te a reflectir no meu espelho,
Convertendo o meu corpo num arco-íris pleno de cor.

Desde muito cedo evidencias ser uma princesa, imponente,
Um mimo doce e latente,
Despertas sentidos que reclamam na minha alma,
Uma tempestade num oceano, mas apenas sinto a calma.

Obrigado por existires,
Obrigado por falarmos de tudo,
Eu sei que não é a melhor maneira de me exprimir,
Mas sem ti, seria apenas mais um mudo.

Condemnation



A rua dos meus lamentos e meus alentos, é castanha,
O nome do universo no qual me perco, és tu.


Castanho é o meu único céu, esse onde vivo e morro,
Aquele de onde sou e sinto, refugio dos meus desejos.

Quero afogar-me nesse mar e renascer nessa boca,
Quero percorrer as ruas da tua essência, tua ternura e inocência.

Quero saborear cada luar do teu corpo,
Cada chama do teu incêndio,
A loucura dos teus movimentos,
E o prazer do teu adentro.

Guia-me, devora-me, enamora-me,
Vivo e morro para beber dos teus mistérios,
Ai…o quanto quero cravar no teu peito tudo o que tenho.

Porque o teu sorriso preenche-me a alma,
E o desejo da tua visão alimenta o amanhecer.

Castanho é o meu único céu,
E o teu cabelo escorrido é a magia dos meus sonhos.

Ninfa, brilho destes dias,
Enfeitiça-me,
Mas olha para mim
Hipnotiza-me,
Mas olha para mim.

Castanho é a minha
condenação,
Porque castanhos são os teus olhos.

Mas onde estás?

Feliz dia dos namorados...para quem estiver feliz.

Renascer é Recordar


Depois de um acontecimento inexplicável, onde fiquei com o meu blog totalmente apagado, aqui estou de novo, espero e para durar....
Acho que a melhor forma de renascer é recordar...
No dia 8 de Fevereiro existiu um acontecimento no Pavilhão Atlântico do qual não me canso de falar nem recordar.
Queria também escrever um pequeno resumo das minhas sensações ao longo do concerto...
A Pain That I'm Used To- Foi a histeria total no pavilhão atlântico a primeira musica a ser ouvida depois de 12 anos de espera neste cantinho da Europa.
John the Revelator- Sem duvida uma das melhores musicas de PTA, mas ao vivo não tem a mesma força que no álbum e tenho a mesma opinião relativamente à música anterior.
Question of Time- O primeiro grande momento da noite, nos primeiros acordes foram milhares de pessoas aos saltos. Fantástico!
Policy of Truth- Ao mesmo tempo que ouvia esta canção ocorreram-me imagens do concerto de alvalade, não sei porquê.
Precious- Foi uma versão um pouco diferente da original, mas muito interessante, especialmente a parte do solo de guitarra de Martin.
Walking in me Shoes- Outro grande momento, durante esta canção tive a minha pele arrepiada. Excelente jogo de luzes e a imagem que sempre ficará na memoria dos fans…a mulher pássaro.
Suffer Well- Excelente ritmo. Nesta altura pensei “Esperei 5 anos por mais um concerto dos Dm e já tocaram meia dúzia de musicas, não quero que isto acabe, por favor…”
Damaged People- Martin Gore no seu mehor. Grande voz e um excelente vídeo de Anton Corbijn. O primeiro momento de calmaria.
Home- Simplesmente fantástico. Lembro-me do Martin a tirar o gorro e atirá-lo para o chão…Talvez um dos grandes momentos da noite. Por vezes fechei os olhos e tive vontade de chorar…
I Want it All- Uma grande canção, mas ao vivo, talvez não resulte muito bem…
Sinner in Me- A parte instrumental a meio da canção foi espectacular, demolidora, apetece-me ouvi-la novamente…
I Feel You- Durante esta canção disse para mim mesmo “daqui a pouco estou a cair pro lado de desidratação” Mais uma vez um excelente vídeo a acompanhar a música. Uns seios pequenos mas interessantes…a mulher que aparece no vídeo …claro!
Behind the Wheel- Os primeiros acordes…o delírio…uma das minhas canções preferidas.
World in my Eyes- Muito bom , mas parece-me que existe um erro no alinhamento. Uma canção que comparada com as duas anteriores quebra um pouco o ritmo dos nosso corpos, ou talvez fosse de propósito para o orgasmo seguinte…
Personal Jesus- Não existem palavras para explicar o que se passou nessa noite com esta canção…a única coisa que posso dizer é que o grito “Reach Out and Touch Faith” ouviu-se a uma distancia considerável do pavilhão atlântico, acreditem…provavelmente o grande momento da noite…
Enjoy the Silence – Nesta altura já andava no céu, podiam tocar o que quisessem porque cantava e dançava tudo. Mais um momento inesquecivel, que só certas musicas conseguem.


Nesta altura, aconteceu um intervalo para o 1ºencore. Toda a gente gritava, sinceramente, eu parecia um maluco que tinha fugido de um hospital psiquiátrico…


Shake the Disease- Inicialmente quando ouvi os acordes de "shake the disease" foi uma grande desilusão, porque ansiava ouvir “somebody”. Mas Martin fez uma interpretação incrível desta versão mais "despida" . Arrepiei-me novamente...
Just Can't Get Enough – Esta musica foi simplesmente uma tape, ou seja, quer Fletcher, Martin , Gordeno, não estavam a tocar, Gahan simplesmente limitou-se a cantar. Na memória ficou a parte final onde Gahan divide o pavilhão atlântico ao “meio” para cantar o coro de vozes finais da canção.
Everything Counts- Quando terminou esta canção, simplesmente deixei de ter voz e não posso esquecer a imagem de uma rapariga desmaiada das filas da frente a ser transportada nos braços de um segurança.
Never Let Me Down- Outro momento que fica na historia, aliás era previsível. Como estava mudo fiz a coreografia juntamente com mais 19.999 pessoas…
Goodnight Lovers- Não esqueço o beijo na face de Gahan a Martin. Foi notório que os DM ficaram rendidos com esta recepção. Gahan fartou-se de agradecer ao publico executando várias vénias.


Era o fim de mais um sonho. Um sonho que recordarei na mais profunda mistura de sensações únicas. Tudo isto numa só noite…

Para quem esteve e quem queria ir mas não conseguiu, deixo um Link (foto) onde podem fazer um download de cada musica que os Depeche Mode tocaram no Pavilhão Atlântico, o som está excelente.