O Amor é Fodido...
Vou amar-te e depois, vou amar-te,
Embora não andes nas ruas que beijam as minhas pegadas,
Nem presencies o voo do anjo cercando o meu céu,
Mas por vezes existe a vontade de incendiar a saudade.
Vou amar-te na brisa, na tormenta e no vento.
Vou amar-te até ao fim dos tempos,
Na paz de um colo que balança esperando,
Acariciando o ventre que me levará a ser eterno,
Ausente nesse abraço que espera pelo teu corpo.
Vou amar-te com toda a alma.
Vou amar-te como sentes,
Com o poder de quem se ama a si mesmo,
Com a fúria de mastigar a palavra ausente,
Com a segurança de ter enganado o destino.
Vou amar-te igual ao dia de hoje, para sempre.
Vou amar-te como sinto,
Vou amar o que quero,
Vou amar até terminar de amar,
E depois, vou amar-te ainda mais,
Apesar da esperança de uns beijos arrojados ao vento,
Das caminhadas pelo pontão da solidão,
Vou amar-te porque nasci para o fazer,
Porque assim o sinto antes de estar.
Vou amar-te porque és a minha razão de amar,
E porque somos mais que a carícia de um sonho.
Porque não existe vida se não estás,
Vou amar-te se estiver morto,
Vou amar-te no dia seguinte e depois…
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