domingo, dezembro 31

Peindre la Lune


A mística noite caiu ao nosso redor,
Os teus olhos brilham como estrelas,
Que reflectem no espelho deste Oceano de amor.
Sobre o teu corpo desnudo pousa a minha mão,
Toca suavemente a tua pele como um piano branco,
Onde uma ligeira brisa provocada por um suspiro,
Preenche o ar com uma suave melodia.
Carícias divinas, nascentes de prazer,
Em teus seios sacio a minha alma.
Ecos de silencio que vibram do teu ventre,
Onde submirjo na fogueira dos teus sentidos,
Na tela da tua pele com os meus lábios,
Matizo aguarelas de amor,
Com mil cores de paixão.

sábado, dezembro 23

Amor Eterno

I. Viver

Uma pérola entre as sombras,
A escassez repara o anseio,
E vigorosas as palavras,
Entretêm tingindo os resquícios,
Ocultos do pensamento,
Que nos surpreende,
Através dos riscos enrugados no tempo,
Então o seu nome perfurado,
Acorda por entre a bruma,
E no seu seio se faz verbo…Viver.

II. Realidade

A realidade será a estrada aberta,
E o delicado passeio,
Entre as nossas palavras e sentimentos…
De um universo criador,
De feitiços em verso,
Que palpitam entre tácitos segredos,
E silêncios rítmicos,
Enquanto dispomos as enigmáticas runas indulgentes.

III. Sangue

Juntos alargamos o horizonte,
Cultivando densa e aveludada,
A paixão de sangue,
Desdobramos palavras e trovas,
Tratando de viver,
Aquilo que nos importa…
No vigor da suavização,

O amor é fortalecido,
Entre as folhas invernais,
E símbolos intangíveis,
O ritual é feito para a eternidade.

IV. Flor

Possuis a beleza,
Aquela qualidade que restabelece a alma,
O silencio e harmonia,
As afáveis palavras,
Como de uma flor que brotam,
Entre perfumadas pétalas brancas,
De um eco sussurrado.


V. Prazer

Desfolho a tua pele,
Poro a poro,
Entre o dourado amanhecer,
E o crepúsculo penetrante,
Depois do purpúreo sossego,
Fluindo por cada pétala,
A paixão dos latidos,
Encrostados a uma pedra,
Sentindo o crepitar das nossas almas.

domingo, dezembro 17

Borboleta

Borboleta…luz de todos os tempos,
Nas asas do amor viaja este homem dos ventos,
Até esse arco-íris de mágicos encontros,
Abraços…beijos…sonhos despertos…
Eles voam sobre a simplicidade,
Cristalizações da nossa unidade…AMOR.
Tu e eu…
Entre esse destilar de existência,
Espírito de amor aqui no tempo,
Desfruto da tua cumplicidade,
Em que a magia do momento,
Despertam as fadas dos nossos doces sonhos,
Onde sigilosas trabalham na eterna paixão,
Fazendo-se cúmplices do nosso amor.
Nos nossos éteres resplandecentes,
Destila a sabedoria,
E entre estas duas mentes
Um coração palpitando,
Com a força do mesmo sangue.
A Eterna proximidade…assalta-me em êxtase…
Paixão que liberta o entusiasmo de renascer,
Como a saída de uma crisálida,
Onde expando as minhas asas,
É Voar e voar até ti…até ti.
Sente amor…sente,
Este sentimento fecundo de eterno pacto,
Deixemos fluir estes desejos genuínos,
Para que estes belos sonhos se despertem,
Num grito do nosso coração imortal.
Esse estado crescente de te conhecer,
Uma e mil vezes em mim,
Por dimensões, rostos, idades e corpos,
E simplesmente não te esquecer,
Porquê?
Porque me sinto uma borboleta do amor no tempo,
Entre as nossas eternas almas sempre cúmplices,
Um homem, uma mulher…
Sorriem...
Reafirmando o destino,
Em que a força do amor,
Transcende aparentes limitações humanas…
Porque a molécula de conexão,
És tu e eu…
Sente o amor…sente.

domingo, dezembro 10

Tu e Eu (Agora é a nossa vez)


Agora que a minha vida se inaugura diante das tuas pupilas,
Sabes que sou teu,
E sei que és minha.

Agora que o abraço é um facto e sinto-me completo,
Eu sou tudo,
E os dois somos mais.

Agora que por fim está claro onde estás e onde eu estou,
Dás-me as boas vindas,
E ofereço-te todo o meu amor.

Agora que o beijo mais esperado funde os nossos lábios,
Tenho-te para sempre,
E sempre mais.

Faremos desta união de almas um latido eterno,
Belíssimo binómio fundindo essências que nasceram para se amarem,
Amor eterno mais além de toda a lógica e compreensão.

Apertamos as mãos rumo ao outro lado,
Cruzando portas, horizontes, distancias, tempos,
Olhando e sorrindo, estando distantes da ausência,
A cada passo.

Faremos que os poetas se fixem na nossa união e que suspirem ao nos observarem,
Demonstrando que um mais um não são dois quando se ama,
E não é apenas um quando nos sonhamos.

Agora que a árvore nos acaricia com a sua sombra dançante,
Agora que digo…Amo-te!
Agora que posso responder a esse sorriso com um beijo dos nossos,
Agora que a procura é encontro.

Sinto-me…
E sinto-te…
E mais do que isso,
Agora e necessário gritar ao mundo,
Sim! A esse que já não acredita nos desígnios,
Que és minha,
E eu sou teu…