quarta-feira, abril 9

O que resta, afinal?


O que resta, afinal?
Não muito,
Apenas alguém que te oferece o sabor de uns braços estendidos,
Em que umas simples extensões de um corpo se fundem com o teu universo.
Onde quer que chegues sabes onde o encontrar.
Nas coisas mais simples,
Está sempre a teu lado,
Na água que cai da fonte,
No café da manha,
Nos lábios sedentos,
Nas historias que percorremos,
Em todos os momentos,
Em que o vento sopra,
Em que o Sol provoca a ruína,
E a chuva submerge,
Ele permanece,
Ali me tens,
Por toda uma eternidade.
O que resta, afinal?
Apenas a totalidade,
Da felicidade.

sexta-feira, abril 4

Açucar


Gosto do café com açúcar
E pensar nos teus seios
Desnudos e decifrados.
Gosto das madrugadas
Com luas redondas e vagas
Desafiantes, brancas e elevadas
Derramando a luz sobre a praia
Onde a tua pele tem a magia perfumada.
Gosto de andar pela minha onda da liberdade
E quando te pressinto a meu lado
Quase sempre descalça
Chegas como um sopro
Para ficar na etérea almofada.
Gosto de sentir o teu mundo
A embater no meu continente
E como duas peças de puzzle embutidas
Percorremos os mais recônditos espaços do universo.