terça-feira, setembro 26

Inevitavelmente...


Inevitavelmente,
Como o sol renasce cada dia,
Como o orvalho cobre as manhãs,
Como o mar acode,
Incansável a praia,
Como a branca lua,
Gira incessante,
Sobre a terra,
Inevitavelmente,
Busco as palavras.
Inevitavelmente,
Como a espiga,
Que regressa cada primavera,
Como a água acalma a sede,
De uns lábios cansados,
Inevitavelmente,
Desnudo o tempo.
Inevitavelmente,
O silêncio da noite rasgou as vestes negras,
E o mundo entendeu que eu te esperava,
Desde a origem da minha história.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Já serão inevitáveis palavras resultantes do silêncio interior?!
Sendo ou não sendo, se a percepção está aberta, a alma naturalmente congrega as palavras, para além do que se entende do que é o Tempo e do que é a própria origem da tua história.
Provavelmente, já estavas Lá antes de o seres Agora. E a procura dos significados é apenas o resultado inevitável de quem vai despertando, para além da simples parcela de Vida que tem e conhece no presente. E conheces muito mais. As palavras que rasgam a tua Noite interior falam contigo...não se caminha sozinho quando se sabe para o que se está a olhar.

Um beijo noctívago...como tão bem cai a esta (re)construtora da Teia.

As palavras, essas que deixaste sobre o virtual e nasceram algures do brilhante nocturno, essas entreteceste-as com a beleza, a sabedoria e a emoção. Dose triplamente fatal de efeitos triplamente fatais em quem as recupera. É um atentado para quem se arrepia, também...sem ser apenas com as correntes de ar! ; )

03:37  

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