Our Mother Is Dying
Gota perpétua que sangra a Terra,
Uivo silencioso que grita o mundo…
Levantam-se os ventos em espirais,
As ondas percorrem bravas os mares,
O fogo arde e queima, cinza escura e asfixiante…
Alguém chora no profundo esquecimento…
Os sentidos caem atraiçoados pela perversão,
Cegos na morte, surdos ao choro.
Onde perdeste a tua memória e a tua alma?
A tua mãe chora e tu não a escutas…
Já não recordas os seus beijos, suas carícias,
Nem quando cuidava da tua infância?
Gaia surge lentamente no nosso esquecimento,
Na nossa estrada da vida,
No nosso egoísmo ressentido,
E na ignorância acesa entre as massas.
Nas sombras dos nossos sentidos está a verdade…
Árvores queimadas ou talhadas massivamente,
Água morta e agonizante,
Ar pervertido e obscuro,
Terra estéril, terra que sangra…
A natureza segue sendo fecunda e bondosa, mas o homem abre demasiadas feridas em suas entranhas. Anualmente os desastres naturais cobram milhares de vidas em todo o mundo e a maioria dos países que contaminam e envenenam o planeta não param esta estrada que nos conduzirá, certamente até ao abismo.
Mas os desastres naturais não são tão naturais, nem tão imprevisíveis. É necessário criar uma cultura global nos governos mundiais, criar politicas que coloquem o conhecimento científico e técnico ao serviço da protecção da camada de ozono, e da preservação dos recursos naturais.
Segundo alguns especialistas, as ameaças naturais têm vindo a ascender exponencialmente e de forma preocupante. Isto deve-se à persistência dos altos níveis de pobreza urbana e rural, à degradação dos solos, à política pública ineficiente, aos desacertos nas próprias infra-estruturas e à poluição que diariamente é emitida para a atmosfera.
A vida terrena se esgota e de certeza que não é devido a um tal “Castigo Divino”, é apenas o resultado de um desenvolvimento não sustentado e não equitativo do mundo.
As mudanças bruscas nas condições climáticas aumentam a vulnerabilidade do planeta, é necessário romper o círculo vicioso, empreender estratégias, promover diálogos e agarrar a vida.
UMA deve ser a voz para que todos sanemos as feridas abertas do meio ambiente, UMA deve ser a acção de científicos e investigadores. UMA deve ser a atitude dos governos de todo o mundo. Está na hora de nos levantarmos para não sucumbirmos.
16 de Setembro, Dia Mundial da Preservação da Camada de Ozono
Mas os desastres naturais não são tão naturais, nem tão imprevisíveis. É necessário criar uma cultura global nos governos mundiais, criar politicas que coloquem o conhecimento científico e técnico ao serviço da protecção da camada de ozono, e da preservação dos recursos naturais.
Segundo alguns especialistas, as ameaças naturais têm vindo a ascender exponencialmente e de forma preocupante. Isto deve-se à persistência dos altos níveis de pobreza urbana e rural, à degradação dos solos, à política pública ineficiente, aos desacertos nas próprias infra-estruturas e à poluição que diariamente é emitida para a atmosfera.
A vida terrena se esgota e de certeza que não é devido a um tal “Castigo Divino”, é apenas o resultado de um desenvolvimento não sustentado e não equitativo do mundo.
As mudanças bruscas nas condições climáticas aumentam a vulnerabilidade do planeta, é necessário romper o círculo vicioso, empreender estratégias, promover diálogos e agarrar a vida.
UMA deve ser a voz para que todos sanemos as feridas abertas do meio ambiente, UMA deve ser a acção de científicos e investigadores. UMA deve ser a atitude dos governos de todo o mundo. Está na hora de nos levantarmos para não sucumbirmos.
16 de Setembro, Dia Mundial da Preservação da Camada de Ozono
3 Comments:
...como sempre, um excelente tema musical a acompanhar o teu texto. Quase que poderia dedicar à acção do Homem para com o ambiente o tema Dirty Shadows dos FSOL...
xxx
Ar, Terra, Fogo, Água os elementos conspiram entre si, e cada um por si, num aviso crescente a esta espécie devastadora que povoa o planeta...dos seus limites. No filme Matrix, o Mr.Smith compara o Homem a um vírus, que se propaga, devasta, destrói e parte para outro lado. Para onde partiriamos nós depois do que se adivinha que pode acontecer? As mudanças são graduais para nós...porque a passagem do tempo na Natureza tem outro ritmo. Mas Tempo é Mudança.
Ainda há pouco via no canal Odisseia, penso eu, um documentário que também abordava essa questão a propósito de uma expedição no Ártico para estudar a vida animal...e a observação evidente do cada vez menos gelo no início do Verão nesta zona do planeta...um dos locais onde as grandes mudanças climáticas têm maior e mais rápida evidência...
xxx
Ainda não vi o documentário A Verdade Inconveniente que está no cinema...mas penso que se deve ver.
xxx
Deixo-te um beijo grande envolto nas palavras do teu poema inicial.
Hummm!!! Já reparei que a nossa banda sonora é muito idêntica.
“Dirty Shadows” do álbum ISDN….concordo plenamente!
A relação homem/natureza desde há muito tempo que está invertida. Apenas as antigas civilizações souberam viver par a par com a natureza e tudo o que ela oferece…
Hoje em dia o suposto homem moderno, ainda não reparou que temos de utilizar a natureza e apenas modificá-la pelo mero facto de a habitarmos. Mas infelizmente comporta-se como um vírus que tenta modificar a natureza e obriga-a a servir-lhe, bem como dominá-la. E aí está, em última análise, a diferença essencial entre o homem e os restantes animais.
Em relação ao documentário “A Verdade Inconveniente”, não o posso perder….é curioso que este documentário assenta num projecto com com Al Gore a servir de «cicerone».
Gostaria de deixar uma questão no ar….o que seria do mundo se Al Gore tivesse ganho as eleições em vez do “monstro” Bush?
As antigas civilizações, talvez aquelas da era do cálice, antes da espada...o hoje em dia do Homem actual não é um dia para reparar nos erros...se estamos num fim de ciclo o recomeço talvez tenha de ser diferente, uma nova aprendizagem. As diferenças, como tão bem dizes, para além do matar chegam ao destruir...apenas pelo prazer...e isso não é um instinto (já que atribuem os instintos aos animais); um instinto ainda poderá ter uma carga mais positiva do que um acto decorrente do sentido da maldade.
xxx
Relativamente à tua questão...será que com o ex-futuro Presidente Gore as coisas do mundo mudariam realmente? Apesar das acções que ele desenvolveu mesmo durante a campanha...o poder não é uma força subversiva daqueles que dizem viver dos ideais mais nobres? Suspeito de tudo o que "toque" a política...faz-me lembrar aquela célebre frase de Nietzsche Quando se olha o abismo, o abismo também olha para nós.
xxx
O mundo talvez fizesse uma pausa...até ao próximo "monstro" no poder...
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