terça-feira, abril 11

E Tu, o que sabes?


Por vezes, gostaria de chegar a uma biblioteca e apenas com um olhar alcançar todos os livros e levá-los ao centro do meu cérebro. Não sei se tenho um parafuso a mais ou a menos na cabeça? Mas de facto gostaria de fazer o mesmo com todas as pessoas que me despertam interesse.
Toda a gente sabe de sobra que não podemos conhecer tudo, por exemplo, nada pode chegar a conhecer todos os recantos da Terra e muito menos do Universo, o “Mundo Mundial”. Tão pouco creio que nada por si mesmo, tenha a sabedoria de todos os livros de uma biblioteca, ou todo o conhecimento “vivencial” possível. De facto não somos capazes de processar toda a informação, saber e albergá-la no nosso cérebro.
Algo dentro de nós, nos impulsiona a conhecer aquilo que nos inquieta. Assim, como não conhecemos a totalidade do Universo, somos obrigados a nos mover por inquietudes, distintas das outras pessoas ou também compartidas entre várias pessoas.
Por sorte, existem saberes que nada, nada mais que nós próprios, podemos obter… a experiência da nossa vida. Essa experiência que nos serve para nos formar como pessoas e dar um rumo à nossa “canoa”. O quanto lutamos diariamente contra ventos e marés da nossa existência? Tratando de crescer em cada dia de luta, sendo felizes com aquilo que fazemos. Um fruto que amadurece…
Apenas temos de conhecer e aprender, o que está dentro de nós próprios. Espero que um dia, nunca se termine de aprender coisas e essa inquietude, que ainda nos move...nunca a percamos.
“Conhece-te, conhece-me, conhece”…Vive!!!


Não sei qual é o Deus que tu rezas
Nem sobre o que manifestas
Deixa o conhecimento entrar em ti
Como o som de uma orquestra
Que toca melodias
Em plena sintonia
A prática igualasse à teoria
Pelo menos por um dia
Onde a brisa mais serena
E o furacão mais violento
Dançam entre si à luz do conhecimento
Esquece o profano e o satírico
O real e o empírico
Esquece tudo o que te rodeia
E abre o teu espírito
Para esta nova odisseia
Cantos encantados como sereias
Aprende a conhecer o que receias
Tenta compreender o que odeias
E talvez aí
Estejas realmente preparado
Para entrar neste novo mundo
Que acaba agora de ser encontrado
Das galáxias mais distantes
Por entre mares e desertos
E quando lá chegares
Vais ver que sempre estiveste tão perto
Faltava-te apenas
Informação e conhecimento
Não te contentes de ver as coisas por fora
Tenta ver as coisas por dentro

Porque eu trago o quê?
Eu movimento o quê?
Tu já sabes é o conhecimento
Então vê a forma que eu canto
E que eu faço os meus versos
Deixa que a minha música te eleve
A um novo universo

Entre folhas e canetas
Palavras voam como borboletas
Trazendo a Primavera a este planeta
Floresce a flor do conhecimento
À medida que o vento sopra
Ao ritmo de batidas e rimas
Instrumentos e bailarinas
Tornando qualquer beco e esquina
Num anfiteatro desta obra
Falar em todos os dialectos
Escrever em todos os alfabetos
Tornar o longe mais perto
Abrir o que não está aberto
Palavras são palavras
Cabe ao homem escrevê-las certo
O discurso é directo
Ou indecifrável como códigos
Letras são as notas
Neste universo melódico
De linhas de pautas
Encantadas com toques de flauta
Que flutuam como astronautas
Sobre uma população exausta
De criminosos e polícias
Realidades fictícias
Verdades que não se conhecem
Mentiras que são notícia
Com isso tudo
Eu respondo com a minha perícia.....
tornasse imortal
Como na cultura egípcia
A passagem para outro mundo
Como nunca viste antes
Mas eu mantenho-me entretido
Entre vogais e consoantes
Que chocam entre si
Como esposas e amantes
Rasgam o escuro do silêncio
Como o brilho de diamantes
Eu mantenho-me disperso
Entre o sentimental e o controverso
Eu tenho o maior orgulho
De pertencer a este universo
De homens fugitivos
Livres e criativos
Respiro ideias combativos
Que não vêm em livre

Se conhecimento é liberdade
Então eu luto para ser livre
Preso nesta sociedade
Procuro o que nunca tive
O sonho deste rapaz
Em conflito com o que a vida lhe traz
Então eu parto para a guerra
Mas com os olhos na paz
Projectando como catapultas
Palavras sábias e cultas
Tu devias conhecer melhor
Este estilo de música que insultas
Viagens imagens e sons
Em diferentes escalas e tons
Atitudes e mensagens
Dádivas e dons
Filósofos e profetas
A voz rasga como setas
Para respeitar esta forma de arte
Que devolve a várias décadas
É do beco mais escuro
Que vem a luz que ilumina o meu futuro
Talvez um dia encontre
Tudo aquilo que procuro
Mas mesmo que eu não encontre
A minha música faz a ponte
Entre a minha sobrevivência
E um olhar sobre o horizonte
Pela poesia que nunca foi dita
A rima que nunca foi escrita
Eu abro o dicionário e faço amor
Com a palavra mais bonita

Xeg - Conhecimento