Árvore Eterna

Minhas pupilas se detêm diante desta árvore na primavera,
Frente ao amor imortalizado que corre através da sua seiva,
A riqueza contida nos seus frutos carnosos,
A esperança cravada no verde das folhas.
Estremeço…
Ao sentir a majestosidade da vida,
Reflectida nas suas bondosas ramas,
Nas suas frágeis flores,
Na firmeza do seu corpo.
Encontro-me absorto e no silencio…
Observo um duende camuflado nos seus tronco,
E juro que nada me consegue roubar a paz,
Que me contagia…sua proximidade, sua grandeza.
Perco-me no colorido tapete que adorna suas raízes,
Onde vislumbro a lua que a ilumina,
Submirjo no seu mundo,
E sinto o vibrar da magia em cada uma das minhas terminações,
És a minha árvore eterna.