Um Conto...
Era uma vez um menino feliz. Era um menino bonito, de olhos alegres e com um sorriso que era capaz de iluminar o mundo. O menino feliz vivia com a sua avó, ele cuidava e fazia todas as tarefas de sua casa. Todo isto era feito com um sorriso, claro, era um menino feliz.
Mas o menino tinha um desejo, queria conhecer o mar. O mar estava longe, muito longe, para alem do bosque que o viu nascer. O mar, lhe haviam dito, era enorme e azul, muito maior do que ele podia imaginar. Algo se agitava no fundo do coração do menino com tal força que um bom dia, sem que a sua avó soubesse, decidiu empreender a viagem.
Ao atravessar o ultimo monte da sua viagem, viu o mar a surgir diante de seus olhos. O mar era muito maior e muito mais azul do que ele pudesse imaginar, um espaço infinitamente azul, brilhante e cheio de caminhos, aventuras e criaturas estranhas. O menino feliz não podia deixar de contemplá-lo. Sentiu a brisa tocando o seu rosto, e iluminou a praia com um sorriso. O menino feliz sentiu que finalmente tinha encontrado o seu local preferido.
Um bom dia, enquanto caminhava pela praia ouviu uma voz vinda do mar. De imediato sentiu-se fascinado por aquela voz. Era uma sereia que lhe falava e perante os olhos assombrados do menino o mar encheu-se de cores e despertou pequenas ondas.
- Olá menino feliz! Esperei-te tanto tempo que tinha perdido toda a esperança de te encontrar.
-Olá sereia! Nunca pensei que existisse alguém como tu.
O menino feliz ia ver a sereia quando podia, porque estava sempre muito ocupado cuidando da sua avó, mas conseguia sempre arranjar algum tempo para ver a sua sereia, o menino roubava tempo de todo o lado e começou a não dormir, a não comer, a não cuidar da sua avó como devia.
Falaram durante dias e noites, a sereia mostrou coisas que ele nem sequer tinha imaginado, maravilhas que fazia reluzir os seus olhos de felicidade, coisas que ele sempre suspeitou que existiam mas que nunca teve a oportunidade de conhecer. O menino pela primeira vez sentiu que estava vivo. Era essa vida que se lhe escapava pelos olhos que fazia com que a sereia ficasse cheia de cores, e eram essas cores que preenchiam de vida os olhos do menino.
O menino aprendeu da sereia a distinguir as criaturas do mar, conheceram juntos suas cores e seus caminhos. Exploraram juntos bancos de areia, percorreram abraçados o seu fundo e a sereia agradecida, ofereceu ao menino tesouros e caprichos. O menino e a sereia apaixonaram-se e deram-se conta do que era a felicidade. O menino feliz e a sereia eram apenas um. Uma tarde de verão a sereia viu aparecer o menino ao longe, mas desta vez o seu sorriso não iluminava a praia como anteriormente, quando o menino esteve a seu lado a sereia compreendeu o porquê. O sorriso do menino feliz tinha desaparecido.
- Que se passa menino feliz? Onde está o teu sorriso?
- Não sei sereia. Perdeu-se pelo caminho.
A sereia compreendeu que tinha pedido demasiado do menino feliz, que o menino estava muito cansado, que não dormia, que não era feliz quando estavam separados, que não podia roubar mais tempo, que o duro caminho tinha ferido os seus pés, e que os arbustos do bosque tinham arranhado os seus braços…e sem embargo a sereia não conseguia viver sem o menino.
- Fica a meu lado menino feliz, não te vás embora…
- Não posso fazer isso, minha avó precisa de mim
- Eu também preciso de ti menino, dá um passo, apenas um passo e viverás comigo no mar, vou-te fazer feliz de novo
- Nunca gostei de ninguém como tu sereia, mas sabes que não posso.
A sereia sabia que era certo. As lágrimas do menino regaram a praia e deslizaram pela a areia até junto da sereia.
- Adoro-te sereia minha, para sempre.
O menino ajoelhou-se na praia e as suas lágrimas caíram sobre o mar que se colocou negro e triste, o céu escureceu e as ondas ficaram gigantescas. O vento e a chuva que nunca conheceram o amor apagaram caminho do monte. A neve, silenciosa e solitária escondeu tudo. A sereia sozinha e sem a luz do menino, sentiu que as lágrimas rompiam o seu interior e sem dar-se conta, partiu-se em pequenos pedaços, tal e qual um espelho. Naquela praia, que havia sido o céu para os dois, apenas ficava o som vazio do vento a bater na areia.
Passaram dias e semanas e todas as criaturas do mar choraram a ausência do menino feliz.
Certo dia, amanheceu sobre a praia e descobriu-se que existia uma nova luz. Os destroços do espelho se haviam convertido num farol. Um farol alto e branco que reluzia como espelhos durante o dia e que iluminava as noites com a sua luz eterna para mostrar ao menino o caminho de volta…
Mas o menino tinha um desejo, queria conhecer o mar. O mar estava longe, muito longe, para alem do bosque que o viu nascer. O mar, lhe haviam dito, era enorme e azul, muito maior do que ele podia imaginar. Algo se agitava no fundo do coração do menino com tal força que um bom dia, sem que a sua avó soubesse, decidiu empreender a viagem.
Ao atravessar o ultimo monte da sua viagem, viu o mar a surgir diante de seus olhos. O mar era muito maior e muito mais azul do que ele pudesse imaginar, um espaço infinitamente azul, brilhante e cheio de caminhos, aventuras e criaturas estranhas. O menino feliz não podia deixar de contemplá-lo. Sentiu a brisa tocando o seu rosto, e iluminou a praia com um sorriso. O menino feliz sentiu que finalmente tinha encontrado o seu local preferido.
Um bom dia, enquanto caminhava pela praia ouviu uma voz vinda do mar. De imediato sentiu-se fascinado por aquela voz. Era uma sereia que lhe falava e perante os olhos assombrados do menino o mar encheu-se de cores e despertou pequenas ondas.
- Olá menino feliz! Esperei-te tanto tempo que tinha perdido toda a esperança de te encontrar.
-Olá sereia! Nunca pensei que existisse alguém como tu.
O menino feliz ia ver a sereia quando podia, porque estava sempre muito ocupado cuidando da sua avó, mas conseguia sempre arranjar algum tempo para ver a sua sereia, o menino roubava tempo de todo o lado e começou a não dormir, a não comer, a não cuidar da sua avó como devia.
Falaram durante dias e noites, a sereia mostrou coisas que ele nem sequer tinha imaginado, maravilhas que fazia reluzir os seus olhos de felicidade, coisas que ele sempre suspeitou que existiam mas que nunca teve a oportunidade de conhecer. O menino pela primeira vez sentiu que estava vivo. Era essa vida que se lhe escapava pelos olhos que fazia com que a sereia ficasse cheia de cores, e eram essas cores que preenchiam de vida os olhos do menino.
O menino aprendeu da sereia a distinguir as criaturas do mar, conheceram juntos suas cores e seus caminhos. Exploraram juntos bancos de areia, percorreram abraçados o seu fundo e a sereia agradecida, ofereceu ao menino tesouros e caprichos. O menino e a sereia apaixonaram-se e deram-se conta do que era a felicidade. O menino feliz e a sereia eram apenas um. Uma tarde de verão a sereia viu aparecer o menino ao longe, mas desta vez o seu sorriso não iluminava a praia como anteriormente, quando o menino esteve a seu lado a sereia compreendeu o porquê. O sorriso do menino feliz tinha desaparecido.
- Que se passa menino feliz? Onde está o teu sorriso?
- Não sei sereia. Perdeu-se pelo caminho.
A sereia compreendeu que tinha pedido demasiado do menino feliz, que o menino estava muito cansado, que não dormia, que não era feliz quando estavam separados, que não podia roubar mais tempo, que o duro caminho tinha ferido os seus pés, e que os arbustos do bosque tinham arranhado os seus braços…e sem embargo a sereia não conseguia viver sem o menino.
- Fica a meu lado menino feliz, não te vás embora…
- Não posso fazer isso, minha avó precisa de mim
- Eu também preciso de ti menino, dá um passo, apenas um passo e viverás comigo no mar, vou-te fazer feliz de novo
- Nunca gostei de ninguém como tu sereia, mas sabes que não posso.
A sereia sabia que era certo. As lágrimas do menino regaram a praia e deslizaram pela a areia até junto da sereia.
- Adoro-te sereia minha, para sempre.
O menino ajoelhou-se na praia e as suas lágrimas caíram sobre o mar que se colocou negro e triste, o céu escureceu e as ondas ficaram gigantescas. O vento e a chuva que nunca conheceram o amor apagaram caminho do monte. A neve, silenciosa e solitária escondeu tudo. A sereia sozinha e sem a luz do menino, sentiu que as lágrimas rompiam o seu interior e sem dar-se conta, partiu-se em pequenos pedaços, tal e qual um espelho. Naquela praia, que havia sido o céu para os dois, apenas ficava o som vazio do vento a bater na areia.
Passaram dias e semanas e todas as criaturas do mar choraram a ausência do menino feliz.
Certo dia, amanheceu sobre a praia e descobriu-se que existia uma nova luz. Os destroços do espelho se haviam convertido num farol. Um farol alto e branco que reluzia como espelhos durante o dia e que iluminava as noites com a sua luz eterna para mostrar ao menino o caminho de volta…
Agora o final da estória fica na vossa imaginação ou entregue ao destino...
2 Comments:
Só que, na vida, não existem sereias. Existem pessoas, com sentimentos, com alma, com coração. Muitas vezes somos nós que traçamos o nosso próprio destino. Sem querer, escolhemos um caminho e tomamos opções que nos levarão a esse destino.
Os sinais estão sempre presentes. Só mais tarde é que vamos perceber que, a dado momento, deveriamos ter tomado o outro lado do caminho.
sim, porqeu há sempre mais caminho... sempre...
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