Esta Cidade Que Adoro...
Esta cidade envolve-me com a sua obscuridade,
Com a sua tranquilidade ruidosa,
Com o seu som,
Com um silêncio acompanhado.
Passando pelas suas ruas estreitas e amplas avenidas,
Respiro o seu aroma.
Molho os sapatos com a chuva,
Recém caída, tosca,
Cidade com caos ordenado quando o sol aparece…
Cidade com caos desordenado quando chove.
É a magia de caminhar,
Pisando charcos,
Contemplo a minha face reflectida nas montras de lojas,
Observo o meu corpo nas luas de vários bares,
Vejo as minhas dedadas na lama.
Notando a humidade que cobre cada poro da minha pele,
Este odor de esgoto entupido,
Chuva libertadora desta podridão embutida,
Homens do lixo de uma cidade marítima,
Arrastando ódios, intrigas, invejas,
Que são impossíveis de arrastar no seco,
E que fedem como demónios sem chuva.
E sigo caminhando…
Sim, pouca gente passeando pelas ruas,
Mas não me considero gente, apenas cidade,
Semáforo vermelho, fico em silêncio,
Semáforo verde, tento não pisar o excremento canino.
Vou andando por esta cidade,
Com esta luz fantasmagórica, irreal.
Estou próximo de casa,
Introduzo as chaves na fechadura,
Olho para trás,
Respiro vida,
Tiro a roupa molhada,
Desejando que esta tarde seja eterna,
Apenas para sempre,
E nunca chegue o dia em que tenha de deixar esta cidade,
Adoro-te…
Com a sua tranquilidade ruidosa,
Com o seu som,
Com um silêncio acompanhado.
Passando pelas suas ruas estreitas e amplas avenidas,
Respiro o seu aroma.
Molho os sapatos com a chuva,
Recém caída, tosca,
Cidade com caos ordenado quando o sol aparece…
Cidade com caos desordenado quando chove.
É a magia de caminhar,
Pisando charcos,
Contemplo a minha face reflectida nas montras de lojas,
Observo o meu corpo nas luas de vários bares,
Vejo as minhas dedadas na lama.
Notando a humidade que cobre cada poro da minha pele,
Este odor de esgoto entupido,
Chuva libertadora desta podridão embutida,
Homens do lixo de uma cidade marítima,
Arrastando ódios, intrigas, invejas,
Que são impossíveis de arrastar no seco,
E que fedem como demónios sem chuva.
E sigo caminhando…
Sim, pouca gente passeando pelas ruas,
Mas não me considero gente, apenas cidade,
Semáforo vermelho, fico em silêncio,
Semáforo verde, tento não pisar o excremento canino.
Vou andando por esta cidade,
Com esta luz fantasmagórica, irreal.
Estou próximo de casa,
Introduzo as chaves na fechadura,
Olho para trás,
Respiro vida,
Tiro a roupa molhada,
Desejando que esta tarde seja eterna,
Apenas para sempre,
E nunca chegue o dia em que tenha de deixar esta cidade,
Adoro-te…
2 Comments:
«...Oh God it's raining
And I'm not containing
My pleasure at being so wet
Here on my own, all on my own
How good it feels to be alone tonight
And I haven't felt so alive in years
The moon is shining in the sky
Reminding me of so many other nights
When my eyes had been so red
I'd been mistaken for dead
But not tonight...» (DM)
Lindo, este comentário não podia ter sido melhor…neste momento tenho um sorriso enorme…acredita que quando escrevi este texto ocorreu-me por vezes no pensamento, a letra desta musica… alias acho que perdi a conta de quantas vezes a letra de “But Not Tonight” surge no meu pensamento. Especialmente quando chove e quando olho deliciado para a Lua…;-)
Enviar um comentário
<< Home