Feiticeira
De que noite demorada,
Ou de que breve manhã,
Vieste tu, feiticeira,
De nuvens deslumbrada.
De que sonho feito mar,
Ou de que mar não sonhado,
Vieste tu, feiticeira,
Aninhar-te ao meu lado.
De que fogo renascido,
Ou de que lume apagado,
Vieste tu, feiticeira,
Segredar-me ao ouvido.
De que fontes de que águas,
De que chão de que horizonte,
De que neves de que fráguas,
De que sedes de que montes,
De que norte de que lida,
De que deserto de morte,
Vieste tu feiticeira,
Inundar-me de vida.
Francisco Viana
4 Comments:
A vida que inunda a alma é esta que percorre ambas as direcções, agora tão próximas, entre esta e a outra sua parte.
As questões não se colocam quando o "De" e o "Quando" se resumem ao "Agora". : )
xxx
Quando a chuva serpentear
por entre o teu cabelo
e a vida rodar
em todo o teu corpo
como molde de barro
em desertos enlameados...
Quando as mãos percorrerem
todas as distâncias até ao final
onde te deitas
como rio desassossegado
e o sol secar
o teu princípio e o teu fim...
Quando o dia chegar à noite
e a lua nascer coração
na tua alma escurecida...
tu serás completamente
o meu único mundo inteiro.
xxx
...por isso eu digo, não é uma questão de "quando"...porque a Hora é esta. Aconteceu.
xxx
Do princípio deste mundo, ao final da tua alma, essa alma feiticeira, só te quer deixar as palavras certas da felicidade...
Um beijo...
Apareceu com odor a rosas conjugado com esse odor a brisa do mar, um sorriso perfeito e surgiu a feiticeira que tanto havia esperado. ACONTECEU o instante em que se iniciou a tatuagem infinita da alma dos momentos únicos partilhados....
Ha um pouco em cada ser,Meu rasto, Cõllybry
sorry lá, mas o odor da brisa do mar: it's mine! Ok?!?
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