Candeeiro
Na cidade prometida,
A Noite cai eterna e complacente,
As árvores se balançam e abraçam,
Ao sabor da brisa nocturna,
Ternos irmãos da Noite,
A Lua e as estrelas nos acolhem,
Alegre brilhar de um candeeiro,
Cuja réstia nos inunda.
Nesta esquina tu e eu,
Compartilhamos olhares enamorados,
Uma coruja observa-nos atentamente,
E aliados a tudo permanecemos no silêncio.
A esquina continua muda,
A Noite súbita cúmplice,
A Lua sorri,
E a luz do candeeiro coloca-se nos teus olhos,
Que brilham como o céu estrelado,
Ao teu ouvido sopro este sentimento,
Amor...
E o teu sorriso declara-se na Noite,
Os lábios tocam-se,
Os olhos cerram-se,
Um abraço imortal,
E as almas se unem,
Num movimento perpétuo.
4 Comments:
Como a noite se sucede ao dia e vice-versa no dito movimento perpétuo das estações que decorrem do interior das próprias almas, os momentos encantados que derivam delas mesmas só podem ser "abençoados" por qualquer género de luz...a mais forte a que emana delas próprias...as outras acentuadas pela interior.
Mais fortes que o vento que se disfarça de sons do mar, mais antigas do que as raízes que se estendem à beira da terra que percorrem, mais resistentes do que a pedra murada que controla todas as distâncias elaboradas pelo Homem.
Porque encontram a imortalidade e a intensidade inimaginável e incontável dentro de cada segundo que demora o batimento do coração. E o resultado dessa divergência prolonga-se na certeza de um sorriso começar onde termina o sorriso de outro...e são o mesmo sorriso nesse jogo de reflexos que os olhares deixam entrever...e as palavras parecem não chegar...
xxx
Lindo!
Meu querido amigo,
Escrevi ontem um poema em torno da união das Almas. As que se reconhecem, se identificam, se distendem, em trapézios sem rede, na confiança de seres apenas ... Almas!
Curiosamente (isto é magnetismo) falamos todos de coisas semelhantes ... e, o mais curioso ... em tempos próximos ...
O meu poema está na noitedemel, mas deixo-to como prova do meu carinho...
"Quando ..." -http://blog.comunidades.net/noitedemel/index.php?op=arquivo&idtopico=132289
"Quando
das tuas mãos em concha
e das minhas mãos abertas
escorregarem na noite
gotas, pétalas de rosa
tal essência alva, leitosa
Quando
se arredondarem
todos os segundos
desdobrados no desbravar
de entrecruzados dedos
a descodificar segredos
E das minhas mãos abertas
estrelas estalejarem
no céu dos teus sentidos
E as tuas mãos em concha
me acolherem na toada
dos gemidos
O teu olhar circunvagar
as margens do meu corpo
O meu olhar pintar a Sol
os rebordos do teu peito
Neste leito
Sorrisos longínquos
ora parados, ora fugidios
enfeitarão o desejo.
As palavras serão
desnecessárias ...
Rios profundos
cavos e rotundos
Serão o nosso Mundo,
A noite a nossa
Deusa protectora ..."
Bjs, Mel (na noite) e por aí a saltitar de Casinha em casinha!
Numa tarde, em que o tacto dos meus olhos, penetra neste cinzento Outono, sinto a chuva no rosto e o vento como ondas a chegarem ao destino.
Existe uma mão que desliza entre um corpo e umas pedras talhadas. Uma alma vestida de jardim onde bebo o néctar dos sonhos.
O encontro das almas gémeas que há muito tempo estavam moldadas, agora que foram encontradas e beijadas, nada neste mundo possui a força suficiente para que sejam separadas.
Su...sempre um beijo mt especial
Mel...o teu poema é lindo! Fantástico!
O teu carinho foi recebido, nunca será esquecido e será retribuido...
Um beijo pleno de carinho...amiga
...as ondas que chegam ao seu destino fazem com que as almas, cansadas da sua necessária deambulação, se sintam, finalmente, em casa.
E porque a força maior é a do entendimento entre as almas que se reencontram, por isso mesmo nada será capaz...seja do que for. Tudo está, afinal, dentro delas mesmas...
Um beijo...igual.
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